29 de abril de 2024

CHESF admite atraso no repasse para a terceirizada, mas culpa empresa. ‘Não tínhamos como fazê-lo’

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A empresa Vitória Empreendimentos, terceirizada que presta serviço ao Hospital Nair Alves de Souza (CHESF), atrasou o repasse dos proventos dos funcionários – cerca de 150 profissionais, referentes ao mês de julho. Segundo foi denunciado (ver reportagem aqui), o atraso se deu porque a CHESF não teria repassado o valor.

Ao Paulo Afonso Agora, a direção da CHESF esclarece o motivo da demora. “O deposito foi feito ontem, e hoje os funcionários já receberam, e aconteceu porque a empresa tinha certidões negativas atrasadas, e a CHESF não poderia fazê-lo”, explicou Augusto César, administrador regional.

César disse ainda que, segundo as leis que regem o funcionamento das terceirizadas, estas empresas precisam de um capital de giro que segure as demandas por três meses. “Ainda que a CHESF não tivesse repassado na data, não se justifica o atraso dos funcionários porque são três meses em que a empresa teria que pagar em dia, fosse assim, qualquer um, sem qualquer reserva financeira, abriria uma terceirizada e concorreria às licitações”.

Penalidade para a Vitória

É importante dizer que a terceirizada recebeu duas multas de R$ 18 mil reais cada uma. “Ela está sendo multada duas vezes, porque não é apenas o salário, mas o vale transporte e o vale refeição que ficaram atrasados”, completa César.

Nair Alves de Souza e uma demanda gigantesca

Bastou o atraso da Vitória para acontecerem uma enxurrada de críticas em relação ao atendimento do Hospital. “O Nair é prioridade zero”, rebate Augusto César e completa: “Não houve redução do investimento da CHESF, não acrescentamos serviços, mas continuamos com o mesmo montante”.

O Nair custa para a CHESF mais de 40 milhões por ano, e, segundo os números do hospital, a demanda aumentou significativamente nos últimos meses. “Nós passamos de 8 mil atendimentos, para 11 mil”. A maioria desses atendimentos são para pauloafonsinos, cerca de 70%, e os demais para outros municípios.

Os números do Nair só relevam que a atenção básica no município anda precária, é preciso dizer que parte desses atendimentos se resolve no posto de saúde. Quando o paciente encontra médico e remédio. 

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