![](https://www.pa4.com.br/wp-content/uploads/2019/08/whatsapp-image-2019-07-12-at-12.01.35-2-1.jpeg)
Um mês após o rompimento da barragem do Quati, que atingiu e inundou as cidades de Pedro Alexandre e Coronel João Sá, na região nordeste da Bahia, cerca de 160 famílias dos dois municípios ainda estão desalojadas ou desabrigadas.
De acordo com a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), a maior parte dessas famílias é de Coronel João Sá: 130. Elas estão em abrigos porque tiveram as casas interditadas por risco de desabamento e/ou necessidade de reformas estruturais.
Conforme a Sudec, a prefeitura do município está retornando gradativamente às residências condenadas, para avaliar e verificar custos de viabilidade de reforma dos imóveis.
O processo de pedido do aluguel social foi iniciado por 102 famílias na última semana, mas deve contemplar todas as 130.
Já em Pedro Alexandre, o número de famílias desalojadas é menor: aproximadamente 30. Ainda segundo a Sudec, essas famílias não estão em abrigos municipais, mas sim em casas de parentes.
A superintendência disse ainda que o aluguel social não foi solicitado, mas que a prefeitura está fazendo um levantamento sobre as famílias afetadas pelo rompimento da barragem.
![](https://www.pa4.com.br/wp-content/uploads/2019/08/whatsapp-image-2019-07-12-at-17.25.22.jpeg)
Não há um prazo ou previsão de quando esses aluguéis devem ser disponibilizados, por conta do processo burocrático de cadastro das informações das pessoas. A Sudec detalhou que o valor depende da faixa de aluguel dos municípios e pode variar entre as duas cidades.
As prefeituras dos dois municípios chegaram a decretar situação de emergência e calamidade pública no mesmo dia do rompimento. A condição foi reconhecida pelo Governo Federal no dia 12 de julho, dia seguinte à ruptura.
O G1 tentou contato com os dois prefeitos, Pedro Gomes (Pedro Alexandre) e Carlos Sobral (Coronel João Sá), para falar sobre a situação das cidades, mas não obteve resposta.
A dona de casa Vilma Santos, moradora do povoado do Quati – onde a barragem rompeu –, conta que as famílias estão recebendo assistência. Ela não precisou sair da casa onde mora, mas a irmã dela perdeu quase tudo no imóvel.
![](https://www.pa4.com.br/wp-content/uploads/2019/08/whatsapp-image-2019-07-12-at-15.57.21-1-.jpeg)
![](https://www.pa4.com.br/wp-content/uploads/2019/08/a731c8dc-dd76-4b7a-9d14-d44868f15033.jpg)
“A situação está ficando normal. Estamos recebendo assistência. Semana passada mesmo eu recebi uma cesta básica. Muita gente perdeu a casa inteira, como minha irmã, mas a gente está se virando em casa de parentes. Só as estradas que ainda não aprontaram”, pontuou.
Na cidade de Coronel João Sá, a situação é parecida. Apesar de muitas famílias ainda estarem nos abrigos municipais, os moradores relatam que recebem assistência da prefeitura.
“As pessoas ainda estão nos alojamentos. As casas, algumas foram demolidas para a construção de novas. Acho que todos receberam alimentos e cobertores de doações”, descreveu Cristiano Pereira.
Algumas estradas da região ficaram destruídas depois de serem atingidas pela força da água. Ainda segundo os moradores, as estradas estão sendo reconstruídas.
![](https://www.pa4.com.br/wp-content/uploads/2019/08/barragem.jpg)
Também na semana do rompimento, um grupo de 30 pessoas se reuniu para fazer o conserto da via, como forma de facilitar a entrega de doações após o rompimento da barragem do Quati.
Na época do rompimento, os bombeiros chegaram a isolar a área em torno do Rio do Peixe, que corta as cidades, por conta do risco de rompimentos de outras duas barragens.
A Sudec informou que relatórios e notas técnicas sobre as duas barragens foram entregues, solicitando que as administrações municipais fizessem ajustes e reparos.
No entanto, a superintendência informou que os documentos são recomendações e que não têm prazo para serem atendidos.