Por Francisco Nery Júnior
Manhã de 04 de outubro, um Francisco Nery não poderia se furtar um breve papo com os leitores do site. Humildade e amor à Natureza, obra do Criador, algo melhor, mais sublime, recompensador e prazeroso? Em Paulo Afonso, a procissão pelos canais do São Francisco a deslizar esperança de ressurreição do rio. Tocante e belo.
[Belo] como os poemas declinados na reunião de final de mandato da Academia de Letras de Paulo Afonso no plenário solene da Câmara Municipal na noite do dia 03, véspera do dia 04, Dia de São Francisco. Cada um mais belo e tocante – incentivador como todos esperamos.
E os garis? Fim de festa, é deles a vez. E eles colocam tudo de volta em ordem e limpeza. Povo e festa na rua, alegria e descontração, felicidade, até esbórnia, e entram os garis.
Então, a lamúria da morte lenta do Velho Chico: salinização da foz. Impossibilidade de navegação. Mortandade de peixes e extinção de espécies. E por aí vai o langor pungente dos versos tocantes.
E nós, como os garis, o que podemos fazer? Sensibilizados pelos poetas como cigarras a cantar, o que podemos fazer? Somos milhares, milhões, e multidão outra.
Mão na obra, suor na face, vamos, com os meios de que dispomos, e como os garis, fazendo o possível para manter e recuperar as nascentes e as matas ciliares do tão decantado Rio São Francisco.
