A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (24/5), as operações Mercador da Inocência 2 e Inocência Compartilhada 5, que visam combater os crimes de armazenamento, compartilhamento e venda de imagens de abuso sexual envolvendo criança ou adolescente através da internet.
Na operação Inocência Compartilhada 5, a Polícia Federal investiga a publicação e o compartilhamento de arquivos contendo cenas de abuso sexual infantil por meio de grupos de aplicativos de mensagens. Nesses grupos foram identificados vários participantes com números telefônicos inclusive de outros países.
Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na cidade de Delmiro Gouveia/AL, resultando na apreensão de dois aparelhos celulares, que serão encaminhados à perícia com o objetivo de identificar quais arquivos foram compartilhados.
O suspeito poderá responder pelos crimes de armazenamento e publicação de imagens contendo cenas de abuso sexual infantojuvenil envolvendo crianças e adolescentes, cujas penas somadas podem ultrapassar os dez anos de reclusão.
Já a operação Mercador da Infância 2 apura a venda, publicação, compartilhamento e armazenamento em nuvem de grande quantidade de arquivos contendo cenas de abuso e exploração sexual infantil. O acesso a esses arquivos era ofertado em redes sociais, com anúncios veiculados em português, inglês e espanhol, o que demonstra a intenção de atingir pessoas residentes inclusive em outros países.
Além do cumprimento de um mandado de busca e apreensão, foi efetivado um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça Federal de Alagoas. Durante a busca foram apreendidos um laptop, um aparelho celular e um pen drive que serão encaminhados ao setor técnico-científico da Polícia Federal para serem periciados.
Ainda durante o cumprimento deste mandado de busca e apreensão, foram encontrados em um laptop arquivos contendo cenas de abuso sexual infantojuvenil envolvendo crianças e adolescentes, tendo o suspeito sido preso em flagrante pelo crime de adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.
O suspeito poderá responder também pelo crime de vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de abuso sexual infantojuvenil envolvendo criança ou adolescente. As penas máximas somadas previstas para esses crimes podem chegar a 18 anos de prisão.