O Rio Grande embaixo d’água – O padre Léo e o comentarista
O Rio Grande está devastado. Impressionante a devastação de quase todo o estado. Intrigante a circunscrição da tragédia aos limites dos gaúchos.
Consternado ante a difusão de imagens aterradoras – eles estão literalmente embaixo d’água por chuvas torrenciais que não dão trégua -, assistia, ainda, a imagens de enchentes no Afeganistão e de desgraça e abandono de um povo na Faixa de Gaza.
Senão quando, na televisão, dispara o padre Léo, falecido em 2007, ainda gordo e incisivo. deixando-nos concluir que a declaração aconteceu pouco depois do ano 2.000: “A Natureza está gemendo desse jeito por minha causa”. Por causa nossa. Por força das ações irresponsáveis dos homens, deve ter querido dizer.
Isto minutos depois de um comentarista da Rede Jovem Pan haver afirmado que o Brasil vive uma grande crise moral. A afirmação não foi feita em um contexto religioso ou moralista. Podíamos sentir desânimo e langor nas suas palavras.
O leitor por acaso tem notado a ausência de referências ao nome de Deus, a despeito de todo sofrimento e desgraça desabados sobre as cabeça dos nossos patrícios? Ah, “se o povo que se chama pelo meu nome buscar a minha face…” Ah, se eles e nós meditássemos nas sábias e garantidoras palavras do Mestre: ” Se vós que sois maus sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai Celestial saberá dar o Espírito Santo àqueles que O pedem.”
“Miseráveis homens que somos” porque não pedimos.
