Por Antônio Galdino – Folha Sertaneja
Recebo, do seu filho Ronildo, a triste notícia do falecimento do Sr. Antônio Dudu, nesse dia 06 de abril de 2024, aos 92 anos de idade.
Ele se chamava Antônio Reis Braga, mas todos o conheciam como ANTÔNIO DUDU. Foi pioneiro da Chesf, empresa responsável pela construção das Usinas Hidrelétricas que mudaram a história do Nordeste. Sua matrícula era 625.
Durante muitos anos, ele e um seleto grupo de excepcionais músicos fizeram parte da Banda de Música da Chesf por onde passaram nomes como Expedito Aguiar, Nelson Baterista, Lalau, Neco, Periperi, Turpim Nóbrega, Diogo Andrade Brito, que também era trombonista, Gilberto Andrade e muitos outros que já nos deixaram depois de cumprir a sua missão.
Ao lado destes e de outros grandes músicos, o Sr. Antônio Dudu também fazia parte das orquestras de frevo dos velhos carnavais do COPA e do CPA.
Lembrando desses acontecimentos muitos amigos dos seus filhos, estudantes do Ginásio e Colégio Paulo Afonso em grupos de WhatsApp, expressam seu sentimento de tristeza aos familiares e amigos. Djalma Leal, lembrando desses músicos maravilhosos de Paulo Afonso, diz que “Seu Antônio Dudu vai voltar a compor a orquestra com o maestro Expedito Aguiar, Pery, Turpim, Lalau, Neco, Gilberto, Nelson e outros grandes músicos que nos proporcionaram belos momentos musicais aqui na terra”.
Assim como os colegas dos seus filhos, alunos do GPA/COLEPA, também apresentamos a Ronildo, Rose, Professor Francisco e demais familiares o nosso sentimento de pesar pelo falecimento do Sr. Antônio DuDu, mais um pioneiro chesfiano que cumpriu o seu tempo de vida entre nós.
Temos como certo que o Espírito Santo estará consolando a todos porque “O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado e salva os que têm o espírito abatido”. (Salmo 34:18).
Sobre o Sr. Antõnio DuDu, recebi há pouco no WhatsApp o texto a seguir, de autoria do cronista Luciano Jr. amigo dos seus filhos, como mais uma homenagem a este pioneiro chesfiano. E estou reproduzindo, além desse texto, as fotos postadas no WhatsApp, grupo Amigos do COLEPA, pelo Professor Francisco de Assis Reis, seu filho.
E o Trombone Silencia!
Por Luciano Jr.
Na quietude do sábado, 6 de abril, um dos trombones da respeitada banda da Chesf cessou seu eco no plano terrestre. Antônio Dudu, um virtuoso músico paraibano que desembarcou nas terras baianas em 1952, trouxe consigo sua esposa e um trombone de vara, destinado a harmonizar e conduzir as paradas cívicas durante a construção da Redenção do Nordeste.
Nascido em Monteiro, na Paraíba, Antônio era um jovem talentoso, moldado pelo Mestre Duda, seu pai. Em Paulo Afonso, ele constitui raízes e um lar, uma família, fez amigos e animou bailes com sua música envolvente. Hoje, ao partir, deixa para trás não apenas saudades, mas também a marca indelével de uma vida plena e honrada, reverenciada por parentes e amigos.
Enquanto seus entes queridos se despedem com lágrimas nos olhos, ecoa um último adeus, o som solene de um trombone em Fá. Que esse som ressoe até os céus, onde o Pai Celestial o aguarda para integrar uma nova banda em uma esfera superior. Assim, Antônio Dudu segue sua jornada, deixando para trás um legado de música, amizade e honra.