O relatório final da CPI do MST da Câmara Federal que deve ser apresentado nos próximos dias conta com ao menos 15 pedidos de indiciamentos. Entre eles, o do deputado federal baiano Valmir Assunção (PT), membro titular do colegiado e uma das principais lideranças do movimento no país. O relator é o deputado bolsonarista Ricardo Salles (PL-SP).
Segundo informações de bastidor, o placar para a votação do relatório está empatado (13 a 13) e o voto decisivo pode ser dado pelo novo membro da comissão, deputado Mário Negromonte Júnior, presidente do PP baiano e aliado do governo Lula (PT).
Na última terça-feira (29), o pepista, em seu voto, evitou desgastes no governo livrando a convocação de membros do PT, além do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL). Mário Júnior faz parte da ala do PP que defende o apoio do partido ao Planalto – a legenda deve ganhar um ministério – e também tem mantido conversas com o governador Jerônimo Rodrigues, o senador Jaques Wagner e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, visando retomar a aliança com o PT da Bahia, conforme revelado por este Política Livre.
Segundo apuração feita pelo jornal O Globo, Valmir Assunção será descrito no texto final como o líder do movimento na região da Bahia em que ocorreram diligências da CPI e responsabilizado por abusos contra os sem-terras, tais como expulsão de integrantes, queima de residências e trabalho compulsório sem remuneração.
As informações são do Política Livre