
CRÔNICA – Por Francisco Nery Júnior
Há notícias que nos fazem ganhar o dia. A nomeação de Geraldo Carvalho para a Secretaria de Agricultura e Aquicultura do município me fez ganhar a semana. Melhor dizendo, o fim de semana.
O novo secretário foi aluno da Escola Rural da Chesf, escola resultado do sonho de alguns patriotas que amavam o Brasil, escola da professora Dirce Georgina. Geraldo foi meu aluno de inglês. Não se trata de valorizar o meu currículo, mas o dele. Geraldo foi aluno da professora Neuza, de Juvenal, Ernestina e Socorro Jucá juntados a outro tanto de nós lá acantonados. Acantonados e quietinhos, no campo e na zona rural, salário congelado mas garantido pela companhia, procuramos fazer o nosso trabalho. O mérito de chegar a secretário é, definitivamente, dele.
Agricultura em Paulo Afonso pode parecer um paradoxo. Não se tira leite de pedra, somos induzidos a pensar. Partindo para a pesquisa e procurando ouvir os semeadores de esperança, vamos mudando o nosso conceito.
No IFBA, convivi com o doutor em agricultura Diógenes, com experiência em órgãos ad hoc do Governo da Bahia. Dele aprendi que as terras ao nosso redor são efetivamente agricultáveis. O estouro do agronegócio no oeste da Bahia pode chegar até Paulo Afonso. Sol e água abundantes e uma certa previsibilidade, e podemos decolar para sermos mais um parceiro da agricultura capaz de alimentar o mundo.
Quanto à aquicultura, criação de peixes em cativeiro, temos as condições ideais para a atividade. O teor da água (temperatura, composição e outros fatores), que nos Estados Unidos é atingido com técnicas especiais e alto custo, é ideal na nossa região. A informação me foi passada pelo doutor Aécio, pioneiro na criação de tilápias em cativeiro por aqui.
A Geraldo, [bom] aluno de inglês, good luck, boa sorte em português, que certamente acontecerá com dedicação, trabalho e persistência; talvez com muita paciência aos dizedores de não, nay sayers em inglês.