Mesmo porque “a quem se dá mais, se exige mais”. Estes vão prestar contas. Não me seguir baseado no “maldito o homem que confia no homem” ou “raça de víboras, até quando vou suportar vocês” (do Filho do Homem). O cabra recomenda aos encarregados de congregações, até no exterior, a não aceitar contribuições diretamente de você, mas lhe pede para pagar a sua passagem – viagem absolutamente desnecessária – para os Estados Unidos. Você preconiza o bom gerenciamento das contribuições e é ameaçado de maldição; de ser amaldiçoado. E você paga a conta provisória do achincalhamento; em achincalhamento.
E pelo achincalhamento, o encardido do padre Léo, designação do inimigo pelo padre, tenta fazer você desistir. O achincalhamento, mangação, escanteiamento e desprezo são a arma preferida de os canalhas tentarem destruir o justo. Aplainar o seu caminho em insana gana de ganhar mais e se locupletar de benesses que, invariavelmente, vão sobrar para filhos e netos após a sua imprevista e geralmente iminente morte.
O desafio é não se tornar igual receoso de parecer bobo. Desprezar o “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço” e o “farinha pouca, meu pirão primeiro”. Recompor-se, desculpar-se e mesmo considerar o ressarcimento quando nos tornamos iguais.
Temos que reconhecer a nossa tendência em apontar os erros dos outros esquecendo-nos dos nossos. Queremos que eles cumpram as leis, mas sempre pleiteamos um jeitinho para nós mesmos. Talvez não sejamos hipócritas. Simplesmente somos filhos de Adão.
Assim sendo, mesmo sem desistir da luta, um pouco de condescendência para com nós mesmos e muito cuidado com os gurus da atualidade seguidos por milhões que não queremos tachar de incautos e simplórios.
A matéria pode ter adquirido um tom professoral, magistral, talvez por hoje ser um domingo. Como somos amigos, o perdão deve estar garantido. Mesmo abriria uma brecha para uma vingançazinha nos comentários – com todo o respeito!
Francisco Nery Júnior