Por Francisco Nery Júnior
Eu estava na cidade de Toulouse, na França, fazendo um curso avançado de francês. Aos domingos, frequentava uma igreja batista onde havia pessoas do mundo todo. Era uma igreja pequena. O catolicismo predomina na França onde a maioria das pessoas são agnósticas na realidade.
Havia uma senhora com aparência desanimada. O seu marido, o pastor da igreja, me contou uma irmã brasileira, havia falecido há pouco tempo enquanto pregava a palavra de Deus. Comentei com Ângela, minha esposa, sobre a delícia de morrer em plena comunhão falando palavras de salvação.
Neste momento, aqui no Brasil, mais precisamente em Feira de Santana, na Bahia, tomamos conhecimento da morte do cantor gospel Pedro Henrique, trinta anos, em um evento religioso. Morreu cantando. Desfaleceu e foi ao solo ainda cantando. O vídeo pungente pode ser encontrado na Internet.
Apenas de passagem, a posição da minha velha mãe, nossa primeira teóloga, segundo a qual Deus só tem compromisso com a alma.
Morte gloriosa se considerarmos que o louvor saía do mais profundo do coração do jovem. Se existe inveja santa, se alguma vez a inveja é permitida, a minha declaração que desejaria eu também assim morrer.