Eva, uma amante das orquídeas
Por Francisco Nery Júnior
Sorte delas, das orquídeas. Tênues e singelas a depender de onde se abrigar – e se enraizar -, encontram uma Eva; sempre elas, as evas sal da terra e fiadoras da manutenção da raça humana.
Falamos de Eva Batista, viúva de Euclides Batista, octogenária a repartir o amor e a dedicação acumulada com suas bem-aventuradas orquídeas – que exultam e devolvem o amor recebido para Eva e para nós outros.
Saír do centro da cidade, galgar a Apolônio Sales, dobrar à direita e passar pela casa de Eva, uma verdadeira, sublime, tocante e potencial recuperação de forças propiciada por uma octogenária que não se cansa de atuar.
Dos saltos olímpicos no glorioso Colepa à acomodação na praça que leva o nome do sogro, pioneiro honrado dos tempos que lá se vão, ela vive o renascimento das sementes plantadas com carinho e dedicação.
Desta vez, simplesmente não resistiu ao convite e, de pá e enxada na mão, partiu para fora e a praça ganhou uma esplendorosa muda de Copa de Ouro quiçá corolário de uma vida que a nós carece imitar.
Muito mais, a consciência que o plantio de uma árvore aumenta o sequestro de carbono na atmosfera responsável pelo aquecimento global, embeleza e encanta, agrada aos pássaros tagarelas, propicia sombra aos desvalidos, preserva as nascentes dos rios e mananciais; atesta a cidadania e o amor à Natureza.
Eva, abençoada Eva!