Por Francisco Nery Júnior
Duas entrevistas me chamaram a atenção neste fim de semana. Uma com Kléber Bambam no programa Sílvio Santos, quadro Jogo das Três Pistas, e a outra com o presidente Lula ao repórter César Filho, também no SBT.
Com Bambam, aprendemos que ele é casado com uma médica e mora nos Estados Unidos. Consegui memorizar as duas informações – que ele falava repetidas vezes. Não sei se ele estudou pedagogia e técnicas de didática, mesmo se ele se valeu, como frisavam os romanos, do fato que a repetição é a mãe dos estudos (repetitio mater studiorum est). O fato é que aprendi; assimilei as informações. Não sei se o soco decisório de Popó nos primeiros segundos da luta afetou Bambam, mas ficou patente a insegurança e a indecisão do competidor. A sua concorrente conseguiu aproximadamente o dobro de pontos [dele] e as meninas do auditório perto do triplo.
De Lula, a profundidade foi bem maior. Luís Inácio Lula da Silva é um comunicador sem igual. Aprendemos, por exemplo, que precisamos baixar o preço da carne, que as pessoas precisam ganhar dinheiro para comprar comida, que quem ganha mais paga mais e quem ganha menos paga menos e, fundamental, que este país precisa de uma chance.
No campo especificamente econômico, o presidente disparou que os juros de 11,25% são uma teimosia do presidente do Banco Central e que as pessoas mais pobres são as mais necessitadas.
Valorizando a entrevista, a afirmação que a relação sexual não é somente a vontade de uma parte, que estupro é um crime imperdoável e que Daniel Alves, atualmente preso e julgado na Espanha, não precisava fazer isso com a menina, isto é, estuprá-la.
Já para o fim, sobre suas promessas de campanha, Lula asseverou que poderia mentir para as pessoas, mas que não poderia mentir para si mesmo.
Com chave de ouro, declarou que “Deus se deu conta que é possível ajudar esse país”.
