O presidente francês Emmanuel Macron foi recebido na Amazônia pelo presidente Lula. Rodeado de indígenas e enfatizando a pauta da conservação da floresta, belo quadro para seu público interno sem dúvida, condecorou o cacique Raoni com a mais alta comenda do governo francês. Raoni, com quem divido um pouco do sangue indígena, sonha com o Prêmio Nobel da Paz como corolário de vida, tendo pedido, com a ajuda de Lula, um jeitinho, ou um empurrãozinho, a Macron. Mário meu filho pequeno, um dos nossos cágados se chamava Raoni.
Como visto, um dia puxei um pouco o saco do velho cacique. Lula, como sempre faz ante os presentes, puxou muito mais. Retrocedendo a 1500, afirmou que o Brasil todo, todo o Brasil, deveria ser, de fato, dos indígenas. Como os traços físicos nos sugerem, eles, também, devem ter vindo das terras asiáticas bem antes dos colonizadores modernos.
Emmamuel Macron, na Amazônia, estava bem pertinho da França. A Guiana Francesa, mais para cima, é um estado da França. Esse o seu status político. Então a Amazônia, que também se estende para os lados do Peru e da Colômbia, não é inteiramente um bem brasileiro.
O presidente, com limitações de poder por ter ganhado a reeleição com pequena margem de votos e por sofrer grande pressão dos agricultores franceses contra a abertura do mercado francês para o Mercosul, enfatiza a pauta da cooperação comercial e científica com o Brasi. Esta a mudança de pauta já em Brasília e em São Paulo desenvolvida em salões de luxo, longe da floresta caricata, e em jantares pomposos e caros. Esta pauta nos interessa muito mais. O crescimento do país trará muito mais desenvolvimento e felicidade para os povos da Amazônia do que o intocabilidade da floresta. Nós nos referimos a uma intervenção que possibilite a exploração responsável da floresta – factível – para usufruto dos amazônidas e, consequentemente, de todos os brasileiros.
Assim sendo, acolhemos e olhamos para o Macron vizinho que traz na bagagem propostas de parcerias independentes da influência do eixo Estados Unidos-China sem prejuízo de tratativas e parcerias com eles, Estados Unidos e China.
Nada a perder e nada a explicar para quem quer que seja. Somos, França e Brasil, países com povos mesclados de sangue romano, falantes de idiomas de raízes latinas, amantes fervorosos da liberdade do homem. Nada a perder ao conversarmos e negociarmos, em pé de igualdade, com os franceses.