Deve ser o sonho de muitos músicos em nosso país: tocar em outro continente. Isso ele já conseguiu. Salvio Emanuel Moreira Ribeiro, 27 anos, nascido em 14/06/82, é filho de Onivaldo Ribeiro de Assis (“Boró” – Eng. Civil do Estado) e Adeilde Moreira Ribeiro (dona de casa). Tem duas irmãs: Aline e Adriane. É noivo da empresária Juliana Ponce, administradora dos contratos e agenda artística. Cursou o ensino fundamental no colégio Sete de Setembro e concluiu o ensino médio no Luis Eduardo Magalhães. É graduado em Turismo pela FASETE (Paulo Afonso) e em Música, Conjunto Musical, Linguagem Instrumental e Harmonia Moderna, com especialização em Acordeon (sanfona), pela faculdade de música Santa Cecília, em Salamanca, Espanha.
Seu contato, de fato, com a música começou aos 05 anos. Incentivado pelo pai que o presenteou com um pequeno teclado. Aos nove, descobriu um verdadeiro “tesouro” dentro de sua casa: a antiga sanfona que pertencera ao seu avô. Para sua surpresa, o presente foi repassado mais uma vez, desta vez, como um presente de seu pai. Dos 09 aos 15 anos, “boró” foi o seu professor e inspiração.
Aos 13 anos, começou a participar de diversos grupos e acompanhamento de solistas, como tecladista, em nossa já conhecida noite pauloafonsina. Aos 19, a convite de Gorete Freire, ingressou no projeto AABB comunidade, sendo um dos fundadores do Coral infanto-juvenil daquela instituição. Segundo Emanuel, uma das maiores emoções na sua trajetória musical foi assistir um de seus coristas (o pequeno Emerson) cantando com Jorge de Altino numa participação especial de uma apresentação no São João do BTN. “Olhe que já toquei em vários países da Europa, em muitas vezes, para um público bastante seleto, mas, nada se iguala à emoção daquele dia”, afirma Emanuel.
Em 2006, por intermédio do padre e amigo Wilton, conseguiu chegar à Europa. Queria estudar música, mas, com a especialização que o Brasil não oferece (sanfona). Passou momentos difíceis de adaptação e até de subsistência nos primeiros meses. Tinha o apoio do amigo e da família, porém, tinha de aprender a se manter sozinho. Como apostava na música, cometeu a ‘boa loucura’ de investir 500, dos 530 euros que possuía, comprando um teclado. Entregou panfletos na rua (sob um frio de 10 graus abaixo de zero) e foi montador de iluminação para uma orquestra, até quando surgiu a oportunidade única, de “testar” um teclado, a pedido do maestro, pois nesse momento, circunstancialmente, ele era a pessoa mais próxima do instrumento. Aconteceu.
Impressionou e em questão de um instante, tornou-se um dos músicos da orquestra “Aplauso”. Foi conquistando seu espaço. Tocava teclado e sanfona. Agradava em ambos. Ingressou numa orquestra maior. Migrou em outras maiores e com mais estrutura. Sua filosofia é essa: crescimento aliado a uma boa oportunidade. Fez diversas excursões por toda Europa e apresentações memoráveis.
Hoje é diretor musical da orquestra “Princesa”, participa da banda africana “Joko” e ainda toca e canta no grupo 3.BR (que tem presença cativa em um bar-restaurante de Salamanca, oferecendo o que nossa música brasileira tem de melhor). Define-se como um “músico por vocação e acordeonista por paixão”. Mas a paixão pelo nosso Brasil é ainda maior, e pretende retornar em breve, enquanto estuda algumas propostas. 1 x 0 em cima do atual campeão mundial de futebol.
Conheça mais:
http://pt.netlog.com/emanuelacordeonista
http://www.youtube.com/watch?v=OGuGpXZ6V7w
http://www.youtube.com/watch?v=Xy7wyuKRTNw