“Tudo que vier para prejudicar o povo de Paulo Afonso, eu vou discordar”, disse o prefeito ao analisar sobre a situação proposta pela empresa de saneamento. “A gente quer equacionar todos os problemas com a empresa, o ponto central é a isenção da taxa de esgoto”, falou ele.
Segundo Raimundo Caires, a Embasa recebeu a concessão pública para ser responsável pelo saneamento e água, no governo do ex-prefeito Anilton Bastos. “É um contrato onde só a empresa tem direito. A prefeitura não tem nenhum benefício. A Embasa, desde que recebeu a concessão, não fez um metro de rede coletora. Tudo foi feito pela prefeitura. Era obrigação da Embasa, que tinha a concessão, dada pelo município, mas ela só quis o bônus, que é a água para oferecer a um preço exorbitante, caríssimo”, afirmou o prefeito Raimundo Caires.
A discussão aumentou após a indagação da prefeitura pela destinação de uma verba federal de 60 milhões proveniente do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para a Embasa realizar saneamento
O prefeito ressaltou a omissão da Embasa, “em tempo algum a Embasa fez rede coletora, só o município. Ainda foi levantada alguma parte da nossa rede coletora não estar no seu padrão. Além da empresa não fazer o que deveria se feito, foi omissa por permitir que a prefeitura, em várias gestões, fizesse alguma rede coletora que não estivesse no padrão. Isso é dinheiro público, e aí cabe uma ação do Ministério Público. Nós queremos que ela nos ressarcie desses anos todos, que ela não fez nenhuma rede”.
Em discussões com a Embasa, o prefeito propôs: “devolva a concessão para o município, que o município assina que não cobra nenhuma taxa de esgoto, ou a gente passa tudo para vocês, com o compromisso de vocês não cobrarem nenhuma taxa de esgoto”.
“Nós vamos fazer uma campanha aqui no município, vamos partir na frente desta luta, pela isenção da taxa de esgoto, que é um absurdo”, finalizou o prefeito.