O COPA! Muitas alegrias tivemos naquele clube. Festas, jogos e muitos amigos e amores por ali passados. É nostálgico o pensamento? Sim! Mas vale lembrar.
A situação do COPA não é diferente de milhares de clubes sociais no Brasil que ou fecharam as portas ou capengam para sobreviver as custas do orgulho e luta de seus sobreviventes que assumem a direção. Visto como motivo de status para seus líderes as questões empresariais que norteiam um negócio foram deixadas de lado e quando se abriram os olhos sentiram que tinham feito tudo errado. Com o Clube Operário de Paulo Afonso – COPA foi isso que aconteceu.
Ao perder o sustento da CHESF o Clube desmoronou. Seus gerentes e funcionários que seguiam a cartilha da Empresa foram transferidos para outros setores e agora teriam que arcar com toda herança histórica, inclusive seus problemas, pesou a experiência. Problemas estruturais, dívidas trabalhistas, desprestígio aos associados e conseqüente evasão de sócios, propaganda negativa causada por vândalos que invadiam as festas, como resultados da pouca visão empresarial das diretorias pós-CHESF.
Idealizaram então, tornar o Clube uma casa de espetáculos e parecia que iria dar certo, mas questões obscuras ainda precisam ser esclarecidas. Ao tempo em que as grandes festas atraiam massas de populares, os sócios sentiam o seu espaço sendo atrofiado, onde não mais havia programações voltadas para os mesmos. Pagar mensalidade para quê, se os não-sócios pagando preços irrisórios por acesso tinham os mesmos direitos?
Durante 50 anos o COPA foi querido por todos e orgulho de cada vizinho. Hoje, muitos dos mesmos acham sua existência indesejável. O que fazer então? Fechar e deixá-lo ao esquecimento? Não seria esta uma péssima idéia? Um clube abandonado seria um esconderijo de bandidos e malfeitores, foco de dengue e um critério para desvalorização imobiliária daquela redondeza.
Creio que a solução para o COPA está na REESTRUTURAÇÃO ADMINISTRATIVA! É preciso que a atual direção através de uma equipe multidisciplinar na área de administração trace um projeto de revitalização do Clube, tendo como meta principal atrair associados e transformar o local numa extensão da recreação dos seus vizinhos.
O CPA – Clube Paulo Afonso sobrevive até hoje, porque manteve a visão em agradar seus associados através de atividades recreativas e do seu parque de atrações e abrindo com muito cuidado o espaço para não-sócios. Mas não diferente, o CPA também precisa se antecipar e planejar o seu futuro com novas idéias e promoções aos seus associados.
A mesma iniciativa serve para o Clube Olímpico e a AABB. Para o CREIA a situação é mais difícil porque o Clube é composto de sócios-proprietários e sua área tem sido uma tentação imobiliária para os mesmos.
Espero ainda ver o COPA sendo de novo um clube para as famílias visitarem e se sentirem seguras. Precisa apenas, um pouco de humildade para reconhecer que as tentativas falharam e esta é a última hora para modernizar a administração e transformar o COPA.