Há quem diga que o amor é cego, surdo e mudo. Mas segundo informações do repórter Gil Leal da Rádio Bahia Nordeste, a rotina de moradores de uma Rua do centro de Paulo Afonso, parece desmentir o adágio popular – ou, quando muito, concorda que amar pode prescindir da visão. Agora, alguns moradores começaram a se incomodar com os gemidos e sussurros sexuais de um casal vizinho, principalmente da mulher. Os atos seriam, durante a noite e madrugada, e, principalmente no final de semana. “Penso que todo mundo gosta de fazer sexo, mas não quero participar da vida sexual deles”, revelou um morador ao repórter.
Outro disse que alguns gemidos incomodam por conta do barulho. São gritos e “barulhos constrangedores por mais de duas ou três horas. Um dos moradores também reclamou dos “gritos da mulher” e das “palavras de baixo calão” pronunciadas, às vezes, em voz alta durante o ato sexual dos vizinhos. As extravagâncias sonoras seriam muitas vezes comuns entre os casais. Juridicamente a reclamação pode ser registrada incluída ao item “perturbação da tranqüilidade”.
Ao que tudo indica a suposta gritaria não tem nenhuma conotação de antipatia ou desavença entre moradores. Quando há crianças, a situação é prejudicial, porque eles consumem bêbedas alcoólicas e às vezes vem até para a Rua e ai as crianças não podem ver essa cena.
Perturbar a tranqüilidade dos outros caracteriza uma contravenção penal, ou seja, um crime de menor potencial ofensivo com previsão de penas que vão desde a multa até prisão simples (regime semiaberto ou aberto) até prestação de serviços comunitários.