Na manhã deste domingo (20), o bispo dom Guido Zendron, Pe. Roni, os fiéis na Catedral Nossa Senhora de Fátima, e bilhões de pessoas ao redor do mundo, lembraram a caminhada rumo ao Calvário, feita por Jesus Cristo, há 2016 anos: o Domingo de Ramos abre a Semana Santa.
O ponto de partida foi a Comunidade São Judas Tadeu (Rua Castelo Branco), e depois Nossa Senhora Aparecida e Santo Antônio até a tomada da Avenida Getúlio Vargas, e, finalmente, a Igreja de Fátima.
“Com essa celebração de hoje entramos na Semana Santa e a cada dia encontraremos aspectos particulares do maior gesto de amor que aconteceu e acontece na história: o filho de Deus entrega a si mesmo para libertar a cada um de nós do pecado e dos laços da morte”, iniciou dom Guido.
O Evangelho de Lucas (23,1-49), narrado mundo afora neste domingo, dura pouco menos de 10 minutos, de forma atemporal, nos põe à entrada de Jerusalém, e nos mostra o julgamento de Cristo antes do Calvário.
“A Igreja nos convida a não deixar que outras coisas tirem nossa atenção, nossa contemplação, porque é fundamental na vida de cada um de nós, encontrar esse amor que nos salva. E nós com nossos defeitos, limites e até com os nossos pecados, fomos escolhidos por Deus para sermos fermento na vida da sociedade”, explicou o bispo.
Dom Guido, referindo-se especialmente ao momento difícil do país e do mundo disse que é o povo de Deus quem precisa continuar oferecendo a paz: “A Igreja através dos atos litúrgicos e de tudo o que nos propõe a assumir quer nos tirar da lama, da mediocridade para viver a fé como resposta ao amor de Deus”.
Três atitudes que a Igreja Propõe para a Quaresma:
Oração – tirar o meu orgulho para me entregar ao Pai. Tirar de mim tudo que me coloca contra Deus – no sentido de confiar nas coisas do mundo ao invés de confiar em Deus.
Caridade – Superar o individualismo e o egoísmo para poder também abraçar às necessidades que encontro.
A humilhação: Jesus aceitou a ser humilhado até o fim, veremos particularmente até a próxima quinta-feira (24), que esta humilhação chegou até o fim do poço. Ele lavou os pés, Ele que foi traído e vendido por 30 moedas, Ele que foi renegado pelos apóstolos, Ele que foi tratado pior que um assassino e que morreu na Cruz como pior homicida do mundo. Esse é o amor de Deus. Essa é a humilhação nossa: aceitar muitas vezes em silêncio para tantas coisas, para poder participar da Paixão de Cristo.
Dom Guido encerrou a homilia que ficará à disposição dos fiéis a partir de amanhã (21), às confissões na Catedral, a partir das 15h.
“Não há nada mais bonito do que poder acolher a certeza do perdão de Deus: eu te absorvo, ainda hoje estará comigo no Paraíso. A plenitude da vida começa aqui na terra. A partir deste momento, mesmo com as dificuldades da vida, nenhum de nós está sozinho”.