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Mensagem enviada através do site em 15/4/2009 – 22h1m
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Nome: hely
E-mail: helylm@hotmail.com
Mensagem: Um basta ao “macete”
Para quem já ouviu falar nesta palavra, fica fácil entendê-la quando usada nos colóquios do dia-a-dia de todo brasileiro. Este termo está presente nos dicionários com o sentido, dentre outros, de ” um meio engenhoso usado na consecução de algo ou para chegar-se a determinado resultado,” seria um recurso, truque ou um artifício.
Mas porque este autor está a repudiar tal acepção? Qual seria o motivo de sua rejeição, já que este é tão clamado com tanta intensidade nos muitos cursinhos espalhados pelo país ?
Daí, caro leitor, eu respondo. Meu repúdio, minha ojeriza, minha aversão, minha antipatia pelo termo, não está no seu uso com o intuito de crescer profissionalmente, como faz o aluno obstinado por uma vaga em concurso público, mas sim na utilização deste recurso quando este aluno consegue o tão sonhado cargo público, por ser ele revestido de ” estabilidade econômica “, nos muitos momentos em que se deve cumprir a função devida, passando a elaborar , dia após dia, diversos meios de não fazê-lo: como surgir com desculpas já “batidas” de doença, quando na verdade só um simples resfriado o incomoda, ou quando quer fazer aquela viagem de última hora para algum destino de prazer e diversão, ou até mesmo quando vão ao local de trabalho, e simplesmente não trabalham, conversam sobre a vida, os astros, a política, o salário… vale lembrar que esse último tema de discussão é sempre muito remoído nas conversas de todo dia. Sim, porque o salário sempre é
insuficiente, mesmo que seja dez vezes o valor do mínimo vigente, e as greves……ah! as greves, elas são “tudo de bom”(para os funcionários,claro!)recorrentes, caem como uma luva para
fazer p.ex.aquela faxina na casa ou consertar o carro.
Infelizmente, não há mais como se exigir, ou muitas vezes fiscalizar seu trabalho, já que, ironicamente, a burocracia os salva, e quando esse evento acontece, o que mais se observa nos corredores(já notaram como os corredores estão repletos de funcionários que não trabalham ali, naquele local) são surtos de histeria, com alegações diversas, seja a produção escrava exigida, seja a insuperável falta de pessoal para a realização de tarefas atribuídas, acarretando acúmulo de serviço. O mais incrível de tudo é que a culpa é sempre do Estado, sempre. O que ocorre no Brasil é que as pessoas que com “macetes” conseguem preencher um cargo público, se apropriam dos mesmos, e nada fazem, ou não fazem o que deveriam. E, consequentemente, quem paga por tudo isso no final das contas são os cidadãos, que os mantém pagando incontáveis impostos, pois com a burocracia infernal que reina no
Brasil, tanto é difícil resolver seus problemas de forma mais eficaz, como tirar do sistema este novo- e viciado- funcionário público “macetoso”, permanecendo no marasmo de seu bom e
disputado cargo público