26 de julho de 2024

O Drama da Vitran: funcionários sem o décimo, férias e 3 meses de salários atrasados

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Empresa pioneira no transporte coletivo em Paulo Afonso, a Vitória Transporte (VITRAN) desde 1979, vive um drama, uma crise sem precedentes. E pelo menos dois são os fatores determinantes


para o comprometimento de suas finanças, a defasagem do preço da passagem e a excessiva gratuidade de passagens, o que tem levado a empresa a atrasar constantemente os salários dos seus funcionários. Muitos estão não receberam férias, décimo terceiro e não sabem o que é salário desde o mês de novembro.


 


“Estou indo trabalhar desestimulada, sei que vai ser muito difícil seu Telmo (dono da empresa) sair dessa, isso já vem rolando há mais de dois anos. Se não fossem meus pais, meus filhos estariam passando fome”, disse uma funcionária que preferiu não se identificar. Esta mesma funcionária disse que está com medo de andar nos ônibus da Vitran “Vários carros estão sucateados, alguns nem freio tem e eu tenho medo de a qualquer momento acontecer um grave acidente”, conta apreensiva.


 


No final do ano passado, um acidente envolvendo um ônibus da Vitran destruiu a frente de uma casa na Rua São Francisco. Segundo informações, a barra de direção do veículo teria quebrado fazendo com que o motorista perdesse o controle do ônibus.


 


Há pouco mais de dois meses, em entrevista ao repórter Ednaldo Júnior, seu Telmo chegou a admitir que sua empresa está mesmo passando por uma séria crise e que tem sofrido com os abusos da gratuidade.

De acordo com seu Telmo, “há usuário que falta um dedo da mão e ainda assim, não paga a passagem”. Problemas como este encarecem bastante o custo operacional da empresa, que fica impedida de oferecer melhores serviços aos usuários como veículos mais novos por exemplo.

Os vales-transporte recebidos pela empresa são entregues à prefeitura, que geralmente atrasa o pagamento e que segundo seu Telmo não tem critérios na distribuição. “Há muita gente vendendo vale-transporte nas ruas adquiridos com uma certa facilidade pela má distribuição da prefeitura,” afirmou o dono da empresa.

De acordo com seu Telmo a empresa gasta cinco mil reais diários com combustível e a manutenção dos veículos também é muito cara.


 


Ainda no ano passado, o diretor-presidente da Disben Transportes e Serviços LTDA (Aratu – a outra permissionária do serviço público municipal de transporte coletivo de passageiros do município), Gilson Benzota de Carvalho, enviou para a redação deste Portal de Notícias, um vasto documento datado de 11 de fevereiro de 2008, relatando, segundo ele, “a situação crítica em que se encontra o sistema de transporte coletivo urbano em Paulo Afonso”, entre outros pontos Benzota afirmou que “é de conhecimento público e notório que a Vitran vem atravessando uma das piores crises de sua existência, encontra-se em estado pré-falimentar, sem crédito na praça para mínimas despesas operacionais para aquisição de peças, combustíveis e até mesmo o pagamento de salário de seus empregados, afora o pagamento de tributos inclusive, com pendências judiciais de leilão de sua sede e de veículos pela Justiça Federal.”


 


O novo Administrador Municipal Anilton Bastos Pereira (DEM) já tem conhecimento de toda essa situação, sabe que é mais um desafio que terá que enfrentar, caso contrário, tanto a Vitran quanto a Aratu não terão mais fôlego e irão num curto espaço de tempo, quebrar pelo acúmulo de prejuízos. 

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