19 de abril de 2024

Paulo Afonso é entregue em estado de total abandono e descaso

Por

Veruscka Alcântara


Repórter


 


“Estava preparado para o pior, mas não pensei que fosse tanto”. Com essa frase o prefeito Anilton Bastos resumiu a indignação perante a situação em que foram encontrados alguns dos prédios públicos e os veículos que fazem parte da frota da Prefeitura Municipal de Paulo Afonso. O descaso foi constatado através de visita in loco pelo prefeito, o seu vice Jugurta Nepomuceno, e um grupo composto de representantes de diversos segmentos da sociedade – OAB, Maçonaria, Apae, Sindicato Patronal, Polícia Militar, Polícia Civil, Rotary, Lions, CDL, empresários locais, imprensa, vereadores e populares – na manhã do dia 2 de janeiro.


 


A comitiva teve como ponto de partida a Prefeitura e seguiu para o depósito municipal, localizado no BNH. No local foram encontrados poucos materiais de construção, um depósito de cimento vazio e arquivos jogados em um galpão, como carnês de IPTU, notificações de construções, etc. Em seguida o grupo dirigiu-se à Escola Guiomar Pereira, localizada no bairro Moxotó Bahia. A escola, considerada um modelo na área de educação, foi construída durante a gestão do prefeito Paulo de Deus, e nos últimos quatro anos não sofreu nenhum tipo de reparo.


 


Na escola, o retrato do abandono está estampado por todos os lados – paredes deterioradas, carteiras quebradas, revestimentos da fachada incompletos, parque infantil totalmente depedrado e sem brinquedos, auditório sem as portas, computadores do laboratório de informática sem funcionar e até mesmo as duas árvores que existiam no pátio morreram por falta de cuidados.


 


 “Solicitamos os reparos diversas vezes à Secretaria de Educação através, inclusive, de ofícios, mas nunca fizeram nada. Uma vez veio um grupo de engenheiros e olharam o local, mas depois nunca voltaram. Eram coisas simples que poderiam ter sido feitas mas foi um total abandono nesses quatro anos”, lamenta-se a diretora Fátima Feitosa.


 


Após a escola Guiomar a comitiva foi ao posto de saúde do Jardim Bahia, onde funciona um dos Programas de Saúde da Família, mas o local, que deveria estar funcionando, encontrava-se fechado.


 


Descaso


 


Um dos locais que causou grande espanto ao grupo foi a visita ao suposto aterro sanitário. Na área onde deveriam ser armazenados os resíduos do município foram encontradas apenas uma edificação de um escritório inacabado e um galpão, que foi derrubado pela ação do vento, enfatizando a má qualidade da construção. A obra, que está orçada em cerca de R$ 1 milhão e custou ao cofre público municipal a contrapartida de R$ 543.563,00. “Estamos diante de mais um descaso com a administração pública”, enfatizou o presidente da Câmara de Vereadores, Antônio Alexandre. Na estrada vicinal que liga a cidade ao aterro também foi encontrado descaso: buracos e falta de manutenção.


 


No Parque de Exposições Djalma Vanderley, outra confirmação da falta de compromisso da administração anterior – laboratório de biotecnologia sem nunca ter sido usado durante o atual governo, arena de exposição totalmente danificada com postes de iluminação quase caindo, área para leilão com dejetos e forro destruído, e a constatação de sumiço de duas bombas d´água. “Foi como se tivesse passado um terremoto”, falou Anilton ao olhar as instalações.


 


Dos 190 animais que foram deixados no local há quatro anos, só restaram 60. Entre esses, um da raça boer, que está sem cuidados e longe de ser o reprodutor que há pouco mais de quatro anos foi o ganhador de prêmios durante a Fenagro e chegou a pesar cerca de 100 quilos. “Este animal era um exemplo no que se refere a esta raça. O que nós estamos vendo é um total abandono”, enfatizou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Petrônio Nogueira.


 


O grupo verificou ainda alguns terrenos públicos que foram ocupados de forma irregular sem que a administração anterior tomasse qualquer providência.


 


Na Central de Abastecimento (CEASA), a comitiva constatou barracas quebradas jogadas pelo pátio e os policarbonatos da fachada arrancados. No balneário Prainha as plantas aquáticas (baronesas) tomaram conta do rio e os donos de barracas, que se prepararam para o fim-de-ano, tiveram que arcar com o prejuízo, uma vez que os clientes não apareceram. Além de atrapalhar o acesso ao rio, as plantas causam um  mau cheiro, afastando os banhistas. Segundo um dos comerciantes, foram feitas diversas solicitações à Prefeitura, mas os responsáveis pela limpeza afirmavam que não tinham como tirar as plantas do local. “Sempre havia alguma desculpa de que não tinha caçamba, não tinha pessoal. Tivemos um prejuízo muito grande porque o mês de dezembro é um dos meses que nós temos um bom acréscimo nas vendas, mas com essas baronesas o nosso prejuízo foi enorme”, falou um dos comerciantes.


 


Veículos deteriorados


 


Um dos mais fortes pontos da visita foi ao setor de transportes. No local, dezenas de carros amontoados e muitos deles deteriorados. Alguns estavam encostados há meses, por conta de colisões, pneus furados e muitos deles faltando peças, como pára-choques e até mesmo caixas de marcha partida. No depósito de material elétrico impressionou a todos o abandono e a bagunça, com centenas de lâmpadas jogadas pelo chão, e os mais diversos materiais elétricos espalhados.


 


Para o mais novo vereador, o radialista Ozildo Alves, que também acompanhou a comitiva, o seu papel de fiscalizador já iniciou. “Estou cumprindo meu papel, de fiscalizar o patrimônio público e sinto-me constrangido com tudo isso que estamos vendo. Agora está provado porque não houve a transição; tinham muito a esconder mesmo. Essa é uma falta de compromisso com o povo de Paulo Afonso, que não merece isso”, relatou o radialista.


 


No setor de transporte da Saúde também não foi diferente. A frota de veículos adquirida há cerca de três anos estava em sua maioria sem estepe. Painéis de alguns carros foram colados com fita adesiva e duas ambulâncias estavam encostadas por causa de pneus furados. 


 


Veruscka Alcântara


Repórter


 


“Estava preparado para o pior, mas não pensei que fosse tanto”. Com essa frase o prefeito Anilton Bastos resumiu a indignação perante a situação em que foram encontrados alguns dos prédios públicos e os veículos que fazem parte da frota da Prefeitura Municipal de Paulo Afonso. O descaso foi constatado através de visita in loco pelo prefeito, o seu vice Jugurta Nepomuceno, e um grupo composto de representantes de diversos segmentos da sociedade – OAB, Maçonaria, Apae, Sindicato Patronal, Polícia Militar, Polícia Civil, Rotary, Lions, CDL, empresários locais, imprensa, vereadores e populares – na manhã do dia 2 de janeiro.


 


A comitiva teve como ponto de partida a Prefeitura e seguiu para o depósito municipal, localizado no BNH. No local foram encontrados poucos materiais de construção, um depósito de cimento vazio e arquivos jogados em um galpão, como carnês de IPTU, notificações de construções, etc. Em seguida o grupo dirigiu-se à Escola Guiomar Pereira, localizada no bairro Moxotó Bahia. A escola, considerada um modelo na área de educação, foi construída durante a gestão do prefeito Paulo de Deus, e nos últimos quatro anos não sofreu nenhum tipo de reparo.


 


Na escola, o retrato do abandono está estampado por todos os lados – paredes deterioradas, carteiras quebradas, revestimentos da fachada incompletos, parque infantil totalmente depedrado e sem brinquedos, auditório sem as portas, computadores do laboratório de informática sem funcionar e até mesmo as duas árvores que existiam no pátio morreram por falta de cuidados.


 


 “Solicitamos os reparos diversas vezes à Secretaria de Educação através, inclusive, de ofícios, mas nunca fizeram nada. Uma vez veio um grupo de engenheiros e olharam o local, mas depois nunca voltaram. Eram coisas simples que poderiam ter sido feitas mas foi um total abandono nesses quatro anos”, lamenta-se a diretora Fátima Feitosa.


 


Após a escola Guiomar a comitiva foi ao posto de saúde do Jardim Bahia, onde funciona um dos Programas de Saúde da Família, mas o local, que deveria estar funcionando, encontrava-se fechado.


 


Descaso


 


Um dos locais que causou grande espanto ao grupo foi a visita ao suposto aterro sanitário. Na área onde deveriam ser armazenados os resíduos do município foram encontradas apenas uma edificação de um escritório inacabado e um galpão, que foi derrubado pela ação do vento, enfatizando a má qualidade da construção. A obra, que está orçada em cerca de R$ 1 milhão e custou ao cofre público municipal a contrapartida de R$ 543.563,00. “Estamos diante de mais um descaso com a administração pública”, enfatizou o presidente da Câmara de Vereadores, Antônio Alexandre. Na estrada vicinal que liga a cidade ao aterro também foi encontrado descaso: buracos e falta de manutenção.


 


No Parque de Exposições Djalma Vanderley, outra confirmação da falta de compromisso da administração anterior – laboratório de biotecnologia sem nunca ter sido usado durante o atual governo, arena de exposição totalmente danificada com postes de iluminação quase caindo, área para leilão com dejetos e forro destruído, e a constatação de sumiço de duas bombas d´água. “Foi como se tivesse passado um terremoto”, falou Anilton ao olhar as instalações.


 


Dos 190 animais que foram deixados no local há quatro anos, só restaram 60. Entre esses, um da raça boer, que está sem cuidados e longe de ser o reprodutor que há pouco mais de quatro anos foi o ganhador de prêmios durante a Fenagro e chegou a pesar cerca de 100 quilos. “Este animal era um exemplo no que se refere a esta raça. O que nós estamos vendo é um total abandono”, enfatizou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Petrônio Nogueira.


 


O grupo verificou ainda alguns terrenos públicos que foram ocupados de forma irregular sem que a administração anterior tomasse qualquer providência.


 


Na Central de Abastecimento (CEASA), a comitiva constatou barracas quebradas jogadas pelo pátio e os policarbonatos da fachada arrancados. No balneário Prainha as plantas aquáticas (baronesas) tomaram conta do rio e os donos de barracas, que se prepararam para o fim-de-ano, tiveram que arcar com o prejuízo, uma vez que os clientes não apareceram. Além de atrapalhar o acesso ao rio, as plantas causam um  mau cheiro, afastando os banhistas. Segundo um dos comerciantes, foram feitas diversas solicitações à Prefeitura, mas os responsáveis pela limpeza afirmavam que não tinham como tirar as plantas do local. “Sempre havia alguma desculpa de que não tinha caçamba, não tinha pessoal. Tivemos um prejuízo muito grande porque o mês de dezembro é um dos meses que nós temos um bom acréscimo nas vendas, mas com essas baronesas o nosso prejuízo foi enorme”, falou um dos comerciantes.


 


Veículos deteriorados


 


Um dos mais fortes pontos da visita foi ao setor de transportes. No local, dezenas de carros amontoados e muitos deles deteriorados. Alguns estavam encostados há meses, por conta de colisões, pneus furados e muitos deles faltando peças, como pára-choques e até mesmo caixas de marcha partida. No depósito de material elétrico impressionou a todos o abandono e a bagunça, com centenas de lâmpadas jogadas pelo chão, e os mais diversos materiais elétricos espalhados.


 


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COMENTÁRIOS

Comentários 0

  1. Para os jornalistas desse munícipio. says:

    Imparcialidade! Será que existe em PA. As rádios, jornais, etc. sempre foram movidas pela paixão “pefelista”. Conhecemos figuras desse blog que morrem de paixão pelos “DEMOS”. Não nos admiramos com tal texto tão direcionado. Afinal, tal jornalista presta serviços a PMPA, sua irmã é secretária de planejamento… e no seu passado pertenceu a ASCOM. Imparcial!!!kkkkkkkkkkk

  2. Para Ozildo says:

    Fico feliz por ver um jovem ganhar… mas cuidado com quem você acompanha. Você ainda tem tempo de se redimir. Saiba que o mesmo grupo que você faz parte estava trabalhando contra você. Pediam abertamente o voto para outros vereadores, e enfatizavam que não votasse em você. Cuidado! Você tem tudo para ser uma grande liderança política.Cuide da nossa cidade, lute…

  3. zico says:

    os carecas nem estão aí nem vem chegando,anilton 18 mil/mês e shureck 11 mil.ou trêm baom.

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