Texto de Antônio Galdino, colega de profissão da professora Anunciada Galvão que após problemas cardíacos faleceu na manhã de sábado, 22 de Abril, em Recife-PE onde estava em tratamento O sepultamento aconteceu hoje no cemitério do bairro Centenário de Paulo Afonso. Veja abaixo:
– Professora ANUNCIADA GALVÃO!
– PRESENTE!!!De repente, o Colégio Carlina Barbosa de Deus viveu momentos de silêncio, reflexão e de lágrimas. O burburinho da sala de aulas, a inquietude própria da energia dos adolescentes, a correria nos corredores do colégio, tudo se acalmou… Há um silêncio enorme envolvendo os ambientes.
Os alunos aquietaram-se e até o seu andar agitado e apressado mudou para um caminhar lento como se não quisessem incomodar a ninguém… Ao invés da correria e do agito natural de sua idade, andam abraçados, calados e os olhos lacrimejam. Cada um aproveita o ombro amigo para o aconchego de um abraço.
Assim também é com os professores, diretores, ex-diretores do colégio. Um silêncio respeitoso, pesaroso mesmo, envolve cada um que não consegue palavras, tão comuns no exercício de suas profissões, para dizer alguma coisa.
Os músicos da banda do colégio, acostumados aos ritmos ligeiros da marcha e as canções animadas, filtraram o repertório e apenas os instrumentos de sopro e metais, acompanhados pela marcação da percussão que soava como o bater de um coração, entoavam hinos, canções de afeto, de amor, de despedida.
Nas salas de aulas do Colégio Carlina, cuja bandeira envolveu o seu caixão nessa última despedida, há um vazio imenso. Na hora da chamada, está faltando uma professora, a professora Anunciada, de Geografia e de História.
O seu coração que durante décadas de vida intensa como estudante do GPA/COLEPA, professora das escolas da Chesf, professora do Colégio Carlina era só amor, parou de bater e ela dormiu.
Por isso que, ao seu redor, um respeitoso silêncio se espalhou pelo colégio, pela cidade… Apenas um soluço mais forte de um familiar, de um amigo, de um colega professor, de um aluno, de quem com ela conviveu nos círculos de oração da igreja, soava mais alto, vez por outra…assim como os demorados aplausos para ela na saída do velório e quando foi colocada no jazigo da família, no cemitério Padre Lourenço Tori, de Paulo Afonso.
No retorno das aulas do Carlina, na sala de aula, na hora da chamada, ela não vai responder: presente! Mas estará ali, na memória, nos ensinamentos que passou a cada estudante, no trato meigo com os colegas.
Em cada lugar, no Carlina, na História de que era mestra, ela estará sempre viva, sempre presente, sempre…Porque os anjos da terra não morrem jamais…
E, na hora da chamada, quando se ouvir:
– Professora ANUNCIADA GALVÃO!
Todos responderão:
– PRESENTE!!!
(Prof. Galdino)
Que linda homenagem, professor Galdino!!! Que Anunciada Galvão descanse em paz!!!
Que Deus a tenha em um bom lugar na eternidade e conforte os seus familiares, só nos resta saudade da colega de faculdade.
Linda homenagem. Professora maravilhosa. Vai com Deus!