20 de dezembro de 2025

Voto impositivo: ACM Neto para governador e Rui Costa para senador (por Francisco Nery Júnior)

Por

Redação (pa4.com.br)

 

Por Francisco Nery Júnior

O Orçamento da União é impositivo na sua quase totalidade, o que descaracteriza qualquer governo nivelando todos pela base. Ruim para um país continental sem infraestrutura consolidada. Na hipótese de um governante visionário desenvolvimentista, a anulação certa da hipótese de um grande salto para a frente como aconteceu na era [Getúlio] Vargas e no governo Juscelino Kubitschek. Na Bahia, na era Antônio Carlos Magalhães e no governo Rui Costa. Desnecessário qualquer esforço adicional para que o leitor entenda o nosso título não o considerando ingênuo ou autofágico; quiçá paradoxal. O amor pela Bahia dos baianos torna tudo racional.

Li alguma coisa sobre ideologias, sistemas e governos e li algumas biografias. Sempre procurei me preparar para colaborar com o desenvolvimento do Brasil, na hipótese de encontrar mentes abertas, pragmáticas e visionárias como a dos chineses e canadenses; dos alemães do pós-guerra, na esperança de não encontrar ouvidos moucos. Os leitores pauloafonsinos estão a ouvir.

E li alguns livros sobre o governo do presidente americano Richard Nixon, da safra dos presidentes que literalmente combateram na Segunda Guerra Mundial. Não importando o apelido de Tricky Nixon (complicado, sujo, manhoso, enrolão, cheio de truques), foi, no meu entender, um dos melhores presidentes dos Estados Unidos da América. Nixon seguia – com gosto peculiar – a cartilha para a sobrevivência no campo pastoso e escorregadio da política. A matilha de oposição conseguiu pegá-lo e ele foi cassado no meio do segundo mandato.

Nixon era o vice-presidente no Governo Dwight Eisenhower, ex-Comandante Supremo das Forças Aliadas que derrotaram o Nazismo de Adolf Hitler. Ele nutria grande respeito pelo general-presidente que considerava o seu mentor. Durante um episódio de desentendimento entre o presidente Eisenhower e um seu detrator, ambos amigos de Nixon, este tentou, amigo que era dos dois, fazer o papel de apaziguador. “Logo aprendi”, escreveu Nixon nas suas memórias, “que em situações como aquela, o mediador jamais conseguirá a confiança total dos contendores. Sempre pairará a desconfiança que ele está atuando em favor de um dos dois lados”.

A citação reminiscente do episódio da autobiografia de Richard Nixon surge em função do conteúdo do primeiro parágrafo desta matéria.

Sempre o amor pela velha Bahia, berço inquestionável do Brasil nascente.

Nota: Orçamento Impositivo, no nosso texto, se refere ao engessamento da aplicação das verbas federais definidas e direcionadas, em termos proporcionais, ou percentuais, no texto da Constituição do Brasil.

O leitor vai encontrar o verbete “Orçamento Impositivo” para justificar a cessão [impositiva; obrigatória] de verbas federais para os deputados e senadores “gastarem” nas suas bases. É a chamada emenda parlamentar. Uma das coisas que aprendi em Toulouse, na França, é que lá existe a mesma prática, mas com uma diferença fundamental: o direcionamento ou o destino da verba, dinheiro do contribuinte, lá na base, é decidido por uma comissão ad hoc [formada na cidade ou local base do parlamentar].

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COMENTÁRIOS

Comentários 1

  1. F. Nery Jr. says:

    Parabéns à redação pela escolha da foto que ilustra a nossa matéria. Ela corrobora a matéria. Repete, sem palavras, o conteúdo do texto. Parabéns novamente. Assim se constrói um Brasil melhor no nosso entender.

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