O vereador Jailson Oliveira (PP) protocolou uma ação no Ministério Público Federal (MPF) pedindo o retorno das cirurgias eletivas e de urgência no Hospital Nair Alves de Souza, com base em um acordo anterior que previa a manutenção dos serviços pela Prefeitura até a transição definitiva da unidade. O site PA4 ouviu o vereador e também o prefeito Mário Galinho (PSD), que rebateu a iniciativa, questionando sua validade e classificando-a como uma possível “cortina de fumaça”.
Durante entrevista ao portal, o vereador explicou que a ação visa garantir o cumprimento do compromisso firmado no momento em que o hospital foi entregue à gestão municipal. “Eu dei entrada com a ação no Ministério Público Federal para que se retornem as cirurgias, tanto eletivas quanto de urgência, no Hospital Nair Alves de Souza. Foi feito um acordo lá atrás, quando o hospital foi entregue à prefeitura, para que ela mantivesse todo o funcionamento até a transição para a Ebserh ou qualquer outra gestão. Não podemos deixar o nosso povo nessa situação”, disse Jailson. Ele também citou que pacientes aguardam procedimentos como histerectomias, que nem o hospital do BTN estaria realizando atualmente.
Em resposta, o prefeito Mário Galinho contestou e criticou o vereador por, segundo ele, não ter participado das discussões com o governo estadual. “Na verdade, isso são informações vazias. O vereador deveria parar um pouco mais para estudar com seu jurídico. Ele sequer participou das discussões com o governo do Estado, com a secretária de Saúde, doutora Roberta. O centro cirúrgico não está fechado. Todos os dias há cirurgias sendo realizadas, principalmente na maternidade”, afirmou.
Galinho também explicou que a prefeitura está cumprindo um acordo com o Estado da Bahia para garantir o funcionamento do hospital dentro das possibilidades atuais. “Estamos buscando entregar um atendimento de qualidade à população, mesmo com todas as limitações. O Hospital Nair Alves de Souza é um hospital sucateado, sem condições de entregar bons resultados. Vamos aguardar se essa ação realmente vai acontecer ou se será mais uma daquelas cortinas de fumaça. Estamos prontos para responder judicialmente”, concluiu.
