
Será realizado nesta terça-feira (23) o julgamento de José Francisco de Lima Alves, acusado de matar sua ex-companheira Maria Micheline Santos de Andrade (28 anos), crime ocorrido no dia 06 de julho de 2022, no bairro Jardim Bahia, em Paulo Afonso.
O Ministério Público pede a condenação do acusado com base em testemunhas e o laudo cadavérico, o que contraria a versão dada pelo acusado quando acionou o SAMU informando que a ex-companheira tinha sido atropelada.
A investigação aponta que, o casal vivia um relacionamento conturbado. Há notícia, inclusive, de que o acusado agredia a vítima fisicamente.
A Presidência da Sessão do Júri será do Juiz de Direito Cláudio Santos Pantoja Sobrinho na atuação do Ministério Público da Bahia ficará a cargo do Promotor de Justiça Fernando Rogério Pessoa Vila Nova Filho e a Defesa será conduzida pela Defensora Pública Aléssia Bertuleza Tuxá.
A Sessão do Júri deve iniciar às 9:00 no Fórum Adauto Pereira de Souza poderá assistir qualquer pessoa até a lotação de lugares.

O CRIME
Maria Michele dos Santos, de 28 anos, foi morta a pauladas na manhã do dia 6 de julho de 2022. À época, um policial militar afirmou que o acusado chegou a ligar para a sede da polícia, informando que Michele teria sido atropelada por um carro durante a madrugada.
“Ele não deveria nem ir para a cadeia, ele deveria morrer! Ele desgraçou a vida da minha filha para sempre!”, disse a mãe da vítima no dia do crime. Michele deixou 3 filhos.
De acordo com a delegada Mirela Ventura, titular da DEAM – Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, José Francisco tinha sido denunciado e preso por violência doméstica três antes de supostamente matar a companheira. Também havia contra ele um procedimento em andamento por maus-tratos contra a filha menor.
Cerca de três meses antes do crime, a justiça havia concedido prisão preventiva contra o criminoso por violência contra a vítima, ele chegou a ser levado para o presídio regional, porém, a mesma justiça o liberou dias depois, informou Mirela.
Ainda conforme a delegada em entrevista concedida há dois anos, o réu-confesso estava sendo investigado por maus-tratos contra criança. “Também no mês de maio, o Conselho Tutelar recebeu denúncia, desse mesmo agressor, de maus-tratos contra a criança, e havia um procedimento em curso também investigando supostos maus tratos contra os filhos por esse agressor”, relatou a titular da DEAM.
José Francisco foi preso em flagrante logo após cometer o feminicídio.