
Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho. Considerada por especialistas como um mal dos tempos modernos, a ansiedade vem, de forma rápida e impiedosa, tomando conta do Brasil e do mundo. Levantamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostram que atualmente cerca de 33% da população mundial sofre de ansiedade. O Brasil tem aparecido sempre entre os primeiros das listas da organização. Em relação aos jovens cada vez mais nota-se crianças e adolescente diagnosticadas com hiperatividade ou ansiedade e desde cedo fazendo uso de psicotrópicos.
Após os transtornos de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e de conduta, os transtornos ansiosos encontram-se entre as doenças psiquiátricas mais comuns em crianças e adolescentes. Até 10% das crianças e adolescentes sofrem de algum transtorno ansioso (excluindo-se o transtorno obsessivo-compulsivo ou TOC, que afeta até 2% das crianças e adolescentes). Mais de 50% das crianças ansiosas experimentarão um episódio depressivo como parte de sua síndrome ansiosa.
Excetuando-se o transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), onde um fator externo traumático é a causa primária, o principal fator de risco para um transtorno ansioso de início na infância é ter pais com algum transtorno de ansiedade ou depressão. Assim, como a maior parte das doenças psiquiátricas, os transtornos ansiosos são considerados como condições associadas ao neurodesenvolvimento, com significativa contribuição genética.
Em crianças, o desenvolvimento emocional influi sobre causas e a maneira como se manifestam os medos e as preocupações, sejam normais ou patológicas. Diferentemente dos adultos, crianças podem não reconhecer seus medos como exagerados ou irracionais, especialmente as menores. A ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como patológicos quando são exagerados, desproporcionais em relação ao estímulo, ou qualitativamente diversos do que se observa como norma naquela faixa etária e interferem com a qualidade de vida, o conforto emocional ou o desempenho diário do indivíduo.
A maneira prática de se diferenciar ansiedade normal de ansiedade patológica é basicamente avaliar se a reação ansiosa é de curta duração, autolimitada e relacionada ao estímulo do momento ou não.
Os transtornos ansiosos são quadros clínicos em que esses sintomas são primários, ou seja, não são derivados de outras condições psiquiátricas (depressões, psicoses, transtornos do desenvolvimento, transtorno hipercinético, etc.). Já os sintomas ansiosos (e não os transtornos propriamente) são freqüentes em outros transtornos psiquiátricos. É uma ansiedade que se explica pelos sintomas do transtorno primário (exemplos: a ansiedade do início do surto esquizofrênico; o medo da separação dos pais numa criança com depressão maior) e não constitui um conjunto de sintomas que determina um transtorno ansioso típico.
Os transtornos ansiosos são os quadros psiquiátricos mais comuns tanto em crianças, adolescentes, como também em adultos. A causa dos transtornos ansiosos infantis é muitas vezes desconhecida e provavelmente multifatorial, incluindo fatores hereditários e ambientais diversos. A maioria das crianças com transtornos ansiosos é encaminhada para serviços de saúde mental devido a problemas de comportamento tanto em seus relacionamentos quanto no ambiente escolar. Geralmente o tratamento é constituído por uma abordagem multimodal, que inclui orientação aos pais e à criança, o tratamento psicoterápico, uso de psicofármacos e intervenções familiares.
Nos Transtornos de ansiedade os sintomas podem aparecer tanto em problemas comportamentais como choro, evitações, dificuldade de separação, ansiedades antecipatórias causando grande angústia e medo, entre outros ; nas dificuldades de relacionamento e desempenho escolar; em manifestações somáticas como dor abdominal, dores de cabeça, náusea e vômitos. Crianças maiores, podem apresentar ainda, taquicardia, tontura e desmaios.
Nas crianças e adolescentes, os transtornos ansiosos mais frequentes são: Transtorno de ansiedade de separação, Transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico, fobia social , fobias específicas e Transtornos de estresse pós-traumático.
Como buscar ajuda e por que?
O tratamento dos transtornos de ansiedade constitui uma abordagem multimodal, que inclui orientações aos pais e à criança ou adolescente, acompanhamento de psicoterapia, intervenções familiares e, em alguns casos, o uso associado de medicação. É comum o trabalho associado entre os profissionais médicos (pediatra, psiquiatra) e psicólogos.
A identificação e tratamento precoces dos transtornos de ansiedade pode evitar consequências negativas na vida da criança, tais como o baixo rendimento e evasão escolar, a utilização demasiada de serviços de saúde por queixas somáticas associadas à ansiedade e o desencadeamento de problemas psiquiátricos na vida adulta.
Gabriela Oliveira
Psicóloga
Psicoterapia para crianças, adolescentes e adulto
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