
A decisão da Prefeitura de Paulo Afonso de reforçar a proibição da comercialização de bebidas alcoólicas no CEASA gerou insatisfação entre comerciantes que atuam no espaço. Eles afirmam que a medida, aplicada aos domingos, foi tomada sem diálogo e sem considerar a realidade de quem depende do comércio para sobreviver.
“Investimos aqui, criamos nossos filhos com o que ganhamos nesse espaço. Agora querem tirar nosso sustento sem diálogo”, disse um comerciante que trabalha no local há mais de duas décadas.
Os trabalhadores também cobram melhorias estruturais no mercado, apontando problemas como banheiros em condições insalubres, telhado danificado, falta de segurança e ausência de autonomia dos servidores que atuam no local.
Propostas dos comerciantes
Além de criticar a restrição, os permissionários apresentaram propostas para revitalizar o CEASA, entre elas a reforma imediata da estrutura, reforço na segurança, atividades culturais aos domingos e valorização do espaço como opção de lazer para famílias.

Posição da Prefeitura
Em nota, a Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio afirmou que a proibição não se trata de uma novidade, mas do cumprimento do Termo de Permissão Remunerada de Uso assinado pelos comerciantes, que prevê a rescisão em caso de descumprimento.
Segundo a Prefeitura, a medida tem como objetivo preservar a ordem e a segurança no CEASA, citando brigas frequentes e o registro de um homicídio na frente de um dos bares.
Sobre as críticas à infraestrutura, a gestão informou que já existe um projeto de reforma em tramitação legal e que as equipes de limpeza e fiscalização foram ampliadas.
Ainda de acordo com a nota, o propósito não é punir os comerciantes, mas criar um ambiente mais seguro e saudável para a comunidade, destacando ações como a realização da Feira do Velho Chico no CEASA para movimentar o comércio local.





