21 de abril é o dia em que se homenageia Tiradentes, morto nessa data em 1792 pela sua participação na Inconfidência Mineira, um movimento mineiro em oposição a Portugal de que o Brasil era uma de suas colônias.
Também nesta data, há 64 anos, o presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira inaugurava Brasília como a nova capital do Brasil e para ali transferia todos os poderes de República brasileira que estavam instalados no Rio de Janeiro.
Mas, o dia 21 de abril também tem grande significado para os pauloafonsinos pois, no mesmo momento em que o presidente Juscelino inaugurava a nova capital do país, construída também por muitos nordestinos no Planalto Central de Goiás, um representante do presidente da República estava em Paulo Afonso, que ainda não completara 2 anos de emancipada, na gestão do governo do prefeito Otaviano Leandro de Moraes, para inaugurar a Ponte Metálica D. Pedro II que liga os municípios/Estados de Paulo Afonso-Bahia e Delmiro Gouveia-Alagoas.
É o que registrou o historiador João de Sousa Lima em artigo chamado “Ponte D. Pedro II” publicado na Revista da Academia de Letras de Paulo Afonso Nº 02, de novembro de 2020 (págs. 41 a 50) e o que registrei no livro ABEL BARBOSA – O inventor de Paulo Afonso, publicado pela Editora Oxente, de Paulo Afonso, em 2019.
E essa história vem de bem antes, ainda do começo das obras de construção da primeira usina hidrelétrica da Chesf, no início dos anos de 1950.
Por esse tempo havia grande dificuldade de acesso a Forquilha para onde chegavam diariamente centenas, até milhares de nordestinos e, para onde também vinham as grandes peças para as usinas e todo o material necessário às obras.
Bret Cerqueira conta em vídeo e depoimentos para esse autor, dessas enormes dificuldades quando essas peças e equipamentos pesados vinham de Salvador, pelas péssimas condições das estradas. Quando pessoas e materiais, vinham de Alagoas para cima – Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Ceará e outros Estados do Nordeste e do Norte do país, as dificuldades eram ainda maiores. Tudo teria que cruzar o rio São Francisco do Estado de Pernambuco (Petrolândia) para o Estado da Bahia (Glória) e dali percorrerem ainda 30 quilômetros de estradas quase carroçáveis para se chegar a Forquilha (Paulo Afonso). O transporte de veículos e pessoas era feito em enormes barcaças como as utilizadas recentemente entre Alagoas e Sergipe, no mesmo rio São Francisco onde está sendo construída uma grande ponte, entre Neópolis (SE) a Penedo (AL).
A Ponte D. Pedro II começou então a ser construída no início dos anos de 1950, mas a obra ficou paralisada por vários anos, e só foi retomada em 1957, por decisão do presidente Juscelino Kubitscheck de Oliveira…
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