A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (7/11) a Operação Puritas, visando desmantelar um grupo criminoso envolvido em um esquema de tráfico interestadual de drogas, com a participação de policiais em diversos estados, incluindo Rondônia e Bahia. A operação mobilizou mais de 120 agentes federais e resultou no cumprimento de 30 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão preventiva em cidades como Porto Velho (RO), Vilhena (RO), Fortaleza (CE), Feira de Santana (BA) e outras localidades.
Durante a ação, foram apreendidos veículos e realizadas sete prisões em flagrante por porte e posse de armas de fogo de grosso calibre. A operação também contabilizou a incineração de oito toneladas de drogas apreendidas ao longo das investigações, evidenciando a extensão das atividades do grupo.
De acordo com a Polícia Federal, o esquema criminoso era responsável pelo transporte de grandes carregamentos de cocaína, com apreensões significativas, incluindo 500 kg de cloridrato de cocaína em Vilhena (RO), 500 kg em Canarana (MT), e 200 kg em Peritoró (MA). Esses carregamentos, destinados principalmente ao estado do Ceará, eram transportados com o auxílio de integrantes das forças de segurança, como policiais rodoviários federais, militares da PM da Bahia e de Rondônia.
Entre os detidos, estão um policial militar e um advogado, presos na Bahia, que teriam atuado na administração do grupo, cuidando de pagamentos e transações ilícitas. O PM, que já havia sido preso anteriormente em 2023 sob suspeita de envolvimento com o mesmo esquema, atuava na cidade baiana de Gandu.
Segundo fontes da produção da TV Bahia, em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, localizada 100 km de Salvador, um cofre com dinheiro foi apreendido na casa de um policial rodoviário federal. O homem foi preso em Natal, no Rio Grande do Norte. No total, foi encontrada uma quantia no valor de R$ 580 mil e 8.157 dólares.
No total, 26 pessoas estão sendo investigadas, e os envolvidos poderão responder por crimes como tráfico interestadual de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A operação contou com o apoio da Corregedoria Geral da Polícia Rodoviária Federal, que colaborou intensivamente com as investigações, sendo peça-chave para o êxito das ações.