
Se tem algo que desmascara a má intenção de certas pessoas, é a resistência contra a criação de uma Secretaria de Proteção à Mulher. Afinal, o que incomoda tanto? O fato de que essa secretaria pode salvar vidas? O medo de que a violência contra a mulher seja combatida com mais força? Ou será que o incômodo vem do simples fato de que políticas públicas estão finalmente sendo voltadas para quem realmente precisa?
Quem critica a criação de uma secretaria com esse propósito ou está completamente alheio à realidade da mulher na sociedade ou simplesmente se recusa a admitir que esse problema existe. Em um país onde mulheres são agredidas, violentadas e mortas todos os dias, falar contra uma estrutura dedicada à proteção feminina é, no mínimo, desonesto. Os argumentos contra essa iniciativa, na maioria das vezes, são frágeis, ridículos e cheios de falácias. Para os menos esclarecidos precisam saber que isso é política pública de sobrevivência. Quem chama a luta contra a violência doméstica de “mimimi” está, na prática, passando pano para agressor.
A verdade é simples: quem se opõe a uma Secretaria de Proteção à Mulher está, consciente ou inconscientemente, favorecendo a manutenção da violência e da desigualdade. Uma secretaria que usa recursos com políticas que podem evitar feminicídios, apoio psicológico e jurídico para vítimas de violência será que o “gasto” que incomoda é o dinheiro deixando de ir para projetos que só beneficiam os mesmos de sempre?
São essas mesmas pessoas que nunca levantam a voz contra os verdadeiros desperdícios do dinheiro público, contra corrupção e contra absurdos administrativos, mas se apressam em atacar qualquer avanço social que beneficie quem realmente precisa.
Por isso, é preciso expor essa farsa: não há justificativa plausível para ser contra essa iniciativa sem que haja, no fundo, má intenção, desinformação ou pura hipocrisia.