
Ele foi o nosso primeiro prefeito. Se as fotos dizem tudo, podemos afirmar que vemos seriedade no trabalho dos representantes pioneiros de Paulo Afonso. Vemos as fotos da época do pioneirismo. Quando, mais para a frente, os nossos filhos e netos virem as fotos da época atual, eles terão a oportunidade de fazer a mesma afirmação ou poderão simplesmente deixar passar a oportunidade.
O professor Antônio Galdino acaba de publicar extensa matéria sobre Otaviano Leandro de Morais no site Letrassertanejas. Faz muito bem. Os pesquisadores futuros terão farto material para garimpar. Imprensa e jornalistas sérios e comprometidos têm essa preocupação. Eles vivem o momento que um dia será passado a ser pesquisado.
Estamos falando de homens sérios cujo maior patrimônio é a ética e cuja maior garantia ainda é um fio do bigode. Otaviano foi um deles. Não é coincidência termos Sebastião Leandro de Morais como membro da Academia de Letras de Paulo Afonso, ALPA.
A Câmara de Vereadores estava reunida. O plenário era a sala do imóvel que hoje abriga a Casa da Cultura na Avenida Getúlio Vargas, na Rua da Frente. Discutia-se o nome de Otaviano Leandro ter sido dado a uma avenida da cidade, Otaviano ainda vivo. A parte discordante se esforçava nos argumentos contrários com base nos aspectos legais. A certa altura, um edil da parte simpatizante ao agraciado, ex-prefeito Otaviano Leandro de Morais, citou o bairro Abel Barbosa, Abel também vivo. A discussão foi encerrada e a presidência anunciou o próximo item da pauta. O primeiro prefeito, calmo e tranquilo, tudo acompanhava pelas frestas da janela da direita do prédio da Câmara, enquanto eu, escritor deste testemunho, acompanhava pelas frestas da janela da esquerda. Ambos estávamos na calçada do lado de fora da Casa do Povo.
Olhei para o lado e posso afirmar ter visto um dos sorrisos mais tranquilos que já vi na minha vida. Otaviano, consciente do dever cumprido, exprimiu, com um simples sorriso de canto de boca, a sua satisfação de ter o privilégio de ter o seu nome perpetuado em uma das mais importantes avenidas de Paulo Afonso.
Resta sugerir ao professor Galdino a publicação da matéria – um verdadeiro relato histórico – na Folha Sertaneja e o envio para conhecimento dos outros sites locais comprometidos com a história e o desenvolvimento da nossa cidade.

Francisco Nery Júnior





Nossas homenagens a essas “senhoras” fardadas perfiladas como alunas agradecidas ao prefeito Otaviano. Talvez elas sejam mais pioneiras que nós outros que as vemos e louvamos. Como seria bom identificar as que ainda estão entre nós para ratificar o que havemos dito. A Secretaria de Educação, ousamos sugerir, poderia atribuir essa tarefa a uma (um) das nossas bravas professoras municipais. Elas saberiam organizar algo como uma homenagem na época adequada. Tb alguma referência aos cabras que aparecem ao fundo das fotos.
Eu acho que a única testemunha viva nesta foto seria o bebê que está nos braços da mãe, na segunda fila, e deve ter 70 anos hoje.
De 1959 a 2021, são 62 anos. Então uma das meninas de 12 anos teria 74 anos hoje, se ainda sei fazer conta. tempo perdido no comentário anterior e na publicação.