28 de março de 2024

Nos tempos de Anilton Bastos – Do ângulo distante da nossa observação, alguns detalhes (Francisco Nery Júnior)

Por

Redação (pa4.com.br)

 

Por Francisco Nery Júnior

Nos tempos de Anilton Bastos -Por mais de quatro anos, ele foi o nosso prefeito. Do ângulo distante da nossa observação, alguns detalhes

Manso e cordato, Anilton ia administrando. Não creio ter feito o serviço militar. Em consequência, a noção de hierarquia era amena e ele se esforçava mais para convencer do que para mandar. Eu havia com ele acertado um detalhe estético, estético por assim dizer, que dependia da interação de um seu subordinado. A cidade certamente ganharia, a custo zero vale dizer, e eu pressionava para o sucesso do pequeno projeto. Coisa de escritor, gente besta para os mais ferinos.

E Anilton se esforçava para o entendimento e para o cumprimento da sua determinação – que, a despeito, não se materializou. Foi dado um outro jeito qualquer.

A cidade ganhou alguns equipamentos fundamentais durante a sua administração. Até onde estou informado, com pagamento à vista, dinheiro vivo em papel moeda como gostam os japoneses. Para que dever, afinal, em um sistema de juros absurdos e imorais como no Brasil? Poupar e guardar para pagamento à vista. “Quem gasta tudo que ganha nunca vai pra frente”, afirmação de Rubens Tabacoff, Secretário da Fazenda de um governo passado da Bahia.

Uma boa recordação – e consideração – da parte do ex-prefeito que repasso para os leitores, a base da nossa confiança no que escrevemos: era uma inauguração em uma repartição na Avenida de Contorno. Eu saía da antiga Direc, logo ao lado, e entrei por mera curiosidade. Quieto e atrás, me coloquei sem logo não ter sido alertado por um companheiro em frente. “Ele está lhe chamando”. E fui, meio desconfiado, me colocar ao lado do senhor prefeito. Não me recordo se fui convidado a falar.

Outra recordação foi em um Dia da Árvore. A árvore é uma das minhas neuroses, afirmação do vereador Ivaldo Sales que eu tomo como elogio e com ela plenamente concordo. Na época, eu estava emprestado ao IFBA que foi envolvido a propósito da minha tarefa de comunicação social.

Anilton Bastos acionou a Secretaria de Educação Municipal em plena concordância. O professor Edson Barreto, reserva de competência da secretaria, arregimentou uma turma de crianças que, junto com outras mestras comprometidas, abrilhantou o evento. O professor Arleno de Jesus, diretor do IFBA, se fez presente. Todos nos reunimos sob o sol abençoado de Paulo Afonso, nos nivelamos com as crianças, discursamos em favor da Natureza, da ecologia ou das árvores, como preferir o leitor, e a cidade ganhou, além do processo educativo em si, um imponente flamboyant, semente que trouxe de Cabo Verde, na costa ocidental da África.

De agora em diante, ao se deslocar do Bairro Oliveira Lopes em direção à Vila Militar, o leitor vai inexoravelmente olhar à direita e contemplar um belo, esplendoroso, portentoso, florido e reconhecido flamboyant a atestar tudo que foi dito nesta matéria.

 

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COMENTÁRIOS

Comentários 3

  1. adoniran says:

    E se ele tivesse servido ao exercito ? Pelo amor de meus filhinhos!!!!!!!!!!!!

  2. Orfeu says:

    Acabou o esporte, cultura, emprego, sonhos e esperanças. Acorda colunistas.
    Ele deixou um legado de destruição em nossa cidade e deixou enricar os seus amiguinhos mais chegados.

  3. Anônimo says:

    Anilto Basto , foi uma boa pessoa para seus amigos e puxa sacos , que hoje vivem , nadando em bens , , mas para o resta da população nada

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