
A adoção de ações que busquem reduzir a incidência de acidentes como o ocorrido recentemente na região de Capitólio (MG) foi o assunto de reunião virtual promovida, nesta segunda-feira (10.01), pelo Ministério do Turismo. Por meio de videoconferência, o ministro Gilson Machado Neto discutiu com representantes do Fórum Nacional de Dirigentes e Secretários Estaduais de Turismo (Fornatur) medidas como a realização de estudos geológicos que permitam identificar eventuais riscos.
Machado Neto manifestou solidariedade a familiares e amigos das vítimas da tragédia em Minas Gerais e solicitou a estados e municípios que indiquem pontos turísticos prioritários a serem analisados, além de estimular a formalização de operadores do setor. “A gente vai solicitar laudos sobre eventuais riscos. Também temos espaço para juntos promovermos uma maior formalização do nosso setor, trazendo mais segurança para turistas e profissionais da área”, frisou.
Presente ao encontro virtual, o secretário estadual do Turismo de Sergipe, Sales Neto, afirmou que desde o dia em que aconteceu a tragédia em Capitólio, os estados de Sergipe e Alagoas estão sendo muito demandados por conta dos cânions do Rio São Francisco e, desta forma, vêm mantendo constante diálogo sobre as diferenças em relação às questões geológicas, a fim de tranquilizar as pessoas da região e os turistas.
“Os Cânions de Xingó representam o principal ponto turístico do nosso estado, por isso é muito importante que continuemos com as operações turísticas, então sugerimos ao ministro do Turismo que converse internamente no governo federal para nos auxiliar juntamente com as Defesas Civis, por intermédio do CPRM, que é um órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia, para dar início a estudos geológicos aprofundados, especificamente nas áreas de banhos onde os turistas visitam, em Sergipe e Alagoas”, salientou Sales Neto.

Em sua fala, o secretário Sales Neto também enfatizou que, embora os Cânions de Xingó tenham uma similaridade visual com Capitólio, as características geológicas dos locais são muito diferentes. As formações rochosas de Sergipe e Alagoas, por exemplo, não possuem cachoeiras nem nascentes de águas em cima dos cânions, a região também possui baixo índice pluviométrico, diferente de Minas, onde chove muito. “Gostaríamos de um encaminhamento junto ao Governo Federal, Ministério do Turismo e esse órgão do Ministério de Minas e Energia para que, juntos com as nossas Defesas Civis, possamos trabalhar um estudo geológico o mais breve possível e tranquilizar nossos visitantes”, disse.

Em suas considerações, o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, enfatizou que o debate visou discutir estratégias que viabilizem mais segurança em locais de turismo em todo Brasil, a exemplo da elaboração de laudos geológicos, a legalização de prestadores de serviço no setor, como os condutores de lancha, dentre outras iniciativas que reforcem a segurança na atividade turística.
Também participaram da reunião desta segunda-feira o presidente da Embratur, Carlos Brito; secretários de Turismo e representantes de órgãos oficiais do setor do Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins, além de diretores do Corpo de Bombeiros e de Defesas Civis estaduais, entre outros.






