19 de janeiro de 2025

Marconi Daniel critica sanção de supersalários: vereador também abre espaço para protagonismo jovem na Câmara

Por

assessoria Marconi Daniel

 

Na reta final de seu mandato como vereador de Paulo Afonso, Marconi Daniel trouxe à tona uma contradição que expõe as prioridades da gestão municipal. O parlamentar criticou duramente o reajuste salarial que eleva os salários de vereadores, secretários e vice de R$ 12 mil para R$ 17 mil a partir de 2025. A medida foi sancionada com rapidez pelo prefeito Marcondes (Progressistas), em contraste gritante com as dificuldades enfrentadas pela população em áreas essenciais, como a saúde.

O estopim da indignação do vereador foi um caso recente que simboliza a precariedade do sistema de saúde local: uma paciente com aneurisma não pôde ser atendida adequadamente por falta de uma UTI móvel. “Como é possível aprovar um aumento tão significativo enquanto uma vida estava em risco por falta de estrutura básica?”, questionou Marconi.

O parlamentar, que se despede da Câmara após 12 anos de atuação, usou o episódio para chamar atenção para o abismo entre as necessidades reais da população e as decisões que vêm sendo tomadas. “A pressa do prefeito em sancionar esse aumento é preocupante, sobretudo quando projetos que poderiam salvar vidas ou melhorar as condições da cidade permanecem parados por anos”, afirmou.

Apesar das críticas, Marconi demonstrou que a política também pode ser um espaço de inovação e protagonismo jovem. Durante a sessão, ele apresentou um projeto de lei desenvolvido por alunos do curso técnico jurídico do Colégio Carlina. A proposta prevê que projetos públicos priorizem a inclusão da arquitetura acessível nos equipamentos urbanos, uma ideia que, segundo ele, traz um olhar sensível e moderno para os desafios da cidade. “É esse tipo de participação que precisamos incentivar: jovens pensando em soluções que impactem positivamente o futuro da nossa comunidade”, declarou.

Marconi, que deixa a Câmara, destacou a importância de seguir fiscalizando e cobrando o Executivo, mesmo fora do Legislativo. “Eu vou buscar a Justiça para rever esse aumento, porque ele não reflete o momento que a cidade vive. Se a lei é legítima, que ao menos fique claro que não contou com o meu voto.”

O vereador também lembrou que, em sua última contribuição, deixou uma emenda que limita a margem de remanejamento do orçamento em 30%. Ele reforçou que essa medida é essencial para manter o controle das finanças públicas e evitar decisões unilaterais que podem prejudicar áreas prioritárias, como a saúde.

Além disso, Marconi afirmou que continuará acompanhando projetos de grande impacto, como o Hospital Universitário de Paulo Afonso. “A saúde do nosso município não pode ser tratada como algo secundário. Esse hospital é uma necessidade urgente, e vou lutar para que ele saia do papel”, garantiu.

Entre críticas à gestão municipal e o incentivo à participação da juventude, Marconi Daniel encerra seu ciclo como vereador deixando um recado claro: a política precisa estar a serviço do bem comum, e não de interesses pontuais. Enquanto a cidade enfrenta desafios tão graves, decisões que priorizam privilégios em detrimento de necessidades básicas não devem passar sem contestação.

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