20 de dezembro de 2025

Justiça determina que Chesf não reduza água de reservatório da Usina de Xingó para evitar mancha no Rio São Francisco

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REDAÇÃO - PA4.COM.BR COM G1-AL

Mancha apareceu no Rio São Francisco em Alagoas no ano de 2015 — Foto: Reprodução



 

 

A Justiça Federal determinou que a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) não faça novas reduções do nível da água dos reservatórios da Usina Hidrelétrica de Xingó, entre Alagoas e Sergipe, e do Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso, na Bahia, sem autorização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama).

 

A decisão da juíza federal Camila Monteiro Pullin, que foi divulgada nesta segunda-feira (1º) pelo Ministério Público Federal em Alagoas (MPF-AL), é resultado de uma ação feita pelo próprio MPF que aponta a Chesf como responsável pelo aparecimento de manchas escuras em um trecho de 25 km no Rio São Francisco no início de 2015.

 

O G1 entrou em contado com a assessoria de imprensa da Chesf e aguarda uma reposta.

 

De acordo com o MPF-AL, na época em que a mancha apareceu, a Chesf havia realizado uma operação de deplecionamento (redução) do reservatório de Delmiro Gouveia, no Sertão alagoano, reduzindo o nível da água a um patamar que não era atingido desde 2005.

 

A multa estabelecida na decisão é de mais de R$ 6 milhões a cada descumprimento da medida estabelecida. A pena corresponde a 10 vezes mais o valor da multa aplicada pelo Instituto de Meio Ambiente (IMA-AL) por dano ambiental.

 

O MPF-AL disse ainda que um pedido de condenação da Chesf foi feito à Justiça Federal para a companhia faça o pagamento de indenizações por danos materiais causados ao meio ambiente e por danos extrapatrimoniais causados à coletividade.

 

Esses pagamentos seriam revertidos para o Fundo de Defesa de Direitos Difusos ou em uma conta judicial a ser aberta para subsidiar projetos ambientais de fiscalização, conscientização e preservação ambiental no baixo São Francisco.

 

O projeto seria uma responsabilidade do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e mediante prévio exame, aprovação e fiscalização do MPF, de órgãos ambientais e da própria Justiça Federal.

 

Na época do surgimento da mancha, o abastecimento de água foi suspenso pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), afetando mais de 100 mil pessoas nos municípios de:

 

Água Branca;
Canapi;
Delmiro Gouveia;
Inhapi;
Mata Grande;
Olho D’Água do Casado;
Pariconha;
Piranhas.




 

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COMENTÁRIOS

Comentários 3

  1. PEDRO FERREIRA PINTO says:

    Bote pocando MPF nesta CHESF poluidora.

  2. francisco says:

    Esse pessoal da justiça não tem noção de como as coisas funcionam, um juiz proíbe algo aparece outro e derruba a decisão, a CHESF não decide nada não , a CHESF cumpre ordem a ENEEL e se não cumprir sera multada. O MP devia era mandar os municípios ou o estado tratarem os seus esgotos, com isso minimiza os problemas com baronesas e doenças na populcacao .

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