28 de março de 2024

Juliana Fontes ‘Incentivar a mulher a denunciar quem a agride é empoderá-la’

Por

IVONE LIMA. PA4.COM.BR

Juliana Fontes Barbosa, delegada titular da DEAM.

 

Fechando as estatísticas dos dois primeiros meses de registros na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) deste ano, a delegada Juliana Fontes Barbosa diz que já somam quase 200 ocorrências, sendo que 80 por cento delas de agressão à mulher.

 

“Apesar de as agressões de maridos, companheiros e namorados serem as mais frequentemente relatadas e registradas na DEAM a Lei Maria da Penha contempla outros graus de parentescos. A DEAM também registra ocorrências envolvendo outras situações nas quais a vítima é mulher como briga entre vizinhas, por exemplo.”

 

A legislação que este ano completa 12 anos teve o intuito de proteger a mulher da violência doméstica e familiar.

 

“Infelizmente a Delegacia é sempre o último recurso. Quando as mulheres chegam aqui já estão muito fragilizadas, sofridas, os filhos também… e a partir da queixa nós passamos a acompanhá-los.”

 

É importante dizer que a punição ao agressor na maioria dos casos depende da representação da vítima e que a prisão é a única forma existente na lei para a punição do agressor.

 

“Uma forma de empoderar a mulher agredida é incentivá-la a vir aqui na DEAM e registrar a queixa na primeira violência sofrida; é importante observar quando ela aparece com hematomas no rosto, nos braços e diz que foi uma queda, por exemplo, muitas sentem medo ou vergonha de dizer o que realmente está acontecendo. Muitas até confessam a briga, mas dizem que não querem processar, mas se existe a lesão nós abrimos um inquérito contra o agressor pois se a vítima tem lesão não depende da sua vontade, o Estado deve atuar e ação penal deve prosseguir mesmo se a vítima não tiver interesse, afinal, em briga de marido e mulher se há lesão o Estado tem por dever meter a colher.”

 

Uma vítima sem perfil

 

“A violência doméstica não tem perfil. Não tem classe. Mesmo mulheres com maior escolaridade, são vítimas de violência doméstica e sentem vergonha de denunciar o agressor e registrar queixa.”

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COMENTÁRIOS

Comentários 5

  1. Desempregada em Paulo Afonso says:

    homen que bate em mulhe e frocho corvade e nuca teve mae

  2. Eu says:

    Tem q fazer a denúncia sim

  3. Jeca tatu says:

    Juliana é lindissima .

  4. Marla Silva says:

    Apanhava calada, resolvi denunciar, nao deu em nada, nenhuma puniçao, voltei pra o indivíduo continuou, denunciei fiz exames de corpo de delito. Nao houve puniçao. Depois de separada fui agredida mais duas vezes e pior, nao teve puniçao alguma. Se tivessem me matado, eu seria mais uma nas estatisticas. Entendo que nao posso ser vigiada, ter um segurança somente pra mim., mas acho que esse empoderamento é só uma palavra muito forte e bonita. Os traumas ficam

  5. FAUTINO DA SAO FRANCISCO says:

    CONCORDO COM A DOUTORA ,SO QUE MINHA IRMA DENUNCIOU O EX MARIDO DELA E ATE HOJE UM ANO DEPOIS NADA FOI FEITO,ELA VIVE SE ESCONDENDENDO COM MEDO DELE FAZER ALGO CONTRA ELA… MUITAS MULHERES NAO DENUNCIAM PQ SABE QUE A JUSTIÇA É MUITO LENTA.

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