
Por Francisco Nery Júnior
Morto e sepultado, agora dorme o sono dos justos. Lembro um dia ele a vagar longe do caminho de casa, o radar confundido pelos ruídos cruéis de uma Alzheimer injusta para o antigo Mestre Mecânico de Aeronaves da Chesf.
Voltou para casa, construção de bom gosto caprichosamente mantida na Avenida de Contorno. São e salvo retornou – e lá ficou até os últimos dias de vida numa demonstração de fé, assimilação à cultura e reconhecimento a Paulo Afonso.
Membro da Maçonaria e técnico esportista campeão, nascido alagoano de Porto das Pedras, foi empresário de sucesso do Palácio dos Esportes, na Avenida Getúlio Vargas, depois da Joca Móveis na Rua São Francisco, onde formou alguns funcionários que mais tarde decolaram com suas próprias asas.
De pedra, só a cidade natal. O colega Joaquim, afável no trato, prudente no relacionamento, procurava ser amigo de todos; para mim, com licença dos leitores, um dos amigos das horas incertas.
E o reflexo se fazia notar nos filhos, alunos respeitosos e reconhecidos ao Sistema de Ensino mantido pela companhia desde o princípio das obras de construção do Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso.
Foi-se Joaquim a deixar um belo exemplo de caráter, humildade e vitória. Ficamos nós a lamentar mais uma partida de um pioneiro das primeiras horas.





