Grito dos Excluídos fecha desfile, pede mais atenção social e garante apelo dos marginalizados

O 23º Grito dos Excluídos fechou o desfile cívico de 7 de Setembro, dia da Independência do Brasil, na Apolônio Sales, pedindo mais saúde, educação, atenção para as minorias como índios, por exemplo, e apelando à conscientização de uma série de problemas da sociedade brasileira. Talvez o não foco em questões somente locais explique o desânimo do público em querer acompanhar.
Algumas palavras de ordem como o ‘fora Temer!’, estariam mais condizentes com a realidade se em seguida viesse o complemento: ‘Dilma e Lula e demais corruptos também!’, infelizmente, o Grito em Paulo Afonso segue com forte sotaque partidário e isto, dado o desânimo da população com a classe política no geral, confunde a sua real natureza.

Gritar é fundamental, na medida em que traz a realidade de presos que necessitam ser socializados, uma vez que cumpriram sua pena precisam viver com dignidade para não voltar ao mundo do crime; quando alerta a população que a Aids existe e mata milhares de pessoas todos os anos, inclusive em Paulo Afonso, quando finalmente, chega para dar voz aos sem governo, sem saúde, sem emprego, sem educação e cultura.

Por isso, ainda que não consiga seguir com o eco desejado, agradecemos àqueles que lutam todos os dias para que o país seja mais justo, que organizaram a caminhada deste ano, e que marcham juntos por um mundo melhor, sem tanto preconceito, sem tanta discriminação e injustiças.

Antes de entrar na avenida houve uma pequena discussão da organização com grupo de motociclistas que também queriam passagem. Assista: