
Na tela, na minha frente, a manchete: “Joesley e Saud deixam a Polícia Federal em São Paulo e são levados para Brasília”. Ainda na tela, mas ao lado – e mais para baixo – a figura de dezenas de caixas de isopor no circuito da Copa Vela. Joesley, que poderia pagar quinhentos mil reais por semana de propina vitalícios só para um apaniguado, e desdenhados da lei e da cidadania com todo tipo de caixa de isopor. O primeiro em jatinho confortável digno de um corruptor-mor da República. Outros embaixo de chuva, não sem lenço nem documento, mas sem energia nem futuro.
As caixas são necessárias. São, dentro delas, o capital de que dispõe quem tem que madrugar, não para assistir ao endeusamento do Safadão, mas apenas se protege das safadezas dos que deveriam protegê-lo da competição desleal que acontece mais significativamente nos países subdesenvolvidos.
Não importa o tombo que levamos. Não importa a precariedade dos procedimentos de higiene. As caixas são para ficar ali bem ao lado da opulência de alguns, merecida ou não. As caixas aliviam um pouquinho a nossa sensação de falta de comprometimento para com os que estão mais abaixo. Não há como condená-los. Qualquer sensação de censura esbarra e se dissolve ante as caixas que aliviam momentaneamente a exclusão de cidadãos esquecidos que só querem sobreviver. Não há como condenar quem está dando tudo de si para trabalhar! Senhoras, meninos e velhos literalmente nos convidam a descer do carro para ajudá-los a empurrar a vida para a frente. O langor das rodas das suas carroças desajeitadas tomam o lugar do choro que deveria ser nosso. Toda a ética, toda tradição, toda lógica e toda teologia nos convidam a nós outros a ajudá-los – eles, de novo, que só querem trabalhar. Ou a maior louvação bíblica, abaixo da fé que resolveria todos os nossos problemas, não é dedicada ao trabalho?
O que vai dito não tem como objetivo demonizar o leitor para que o cronista saia por cima. Tem a ver com o que podemos, cada um de nós, fazer no seu turfe pelo outro.
E esse outro, no nosso contexto, tem a ver com o que se esforça e faz o que pode para viver com dignidade e com cidadania. Ele acorda cedo, trabalha e respeita a lei. O seu maior mérito é fazer tudo isso quando todas as marés remam contra ele.
Francisco Nery Júnior
Me desculpe ja vi texto melhor seu ,dessa vez não combinou
LINDO E VERDADEIRO TEXTO,AI VEM UM CARINHA METE A BOMBA PRA SABER DE ONDE PRA ONDE SAIU O DINHEIRO PRA FAZER CONTRATAÇÕES MILIONÁRIAS.PENSEM NO POVO QUE ESPERA UM ANO TODO PARA COLOCAR SEU ISOPOR NA AVENIDA PARA PODER GANHAR UNS TROCADOS,SENHORAS,MENINOS E VELHOS TRABALHANDO A NOITE TODA PRA VER SE SOBRA ALGUM PARA A PRÓPRIA SOBREVIVÊNCIA.VEREADORES VÃO PROCURAR O QUE FAZER AO INVEZ DE FICAR COLOCANDO GOSTO RUIM EM COISAS QUE SÓ O POVO PODRE SABE O QUE É PASSAR DIFICULDADE.EM UMA FESTA DESSA TODO O COMERCIO GANHA,POUSADAS,HOTÉIS,RESTAURANTES,LOJAS DE ROUPAS E CALÇADOS SUPERMERCADOS,MERCADINHOS E OUTROS SEGUIMENTOS PRINCIPALMENTE AMBULANTES.E A VIDA É ASSIM ENQUANTO MUITOS TRABALHAM OUTROS SE DIVERTE.QUE A SAÚDE, E A EDUCAÇÃO SÃO PRIORIDADES TODO MUNDO SABE MAS LAZER TAMBÉM FAZ PARTE E SE OS POLÍTICOS NÃO GASTÃO COM ISSO QUE PELO MENOS GASTE COM FESTA PARA PODER OS DESEMPREGADOS GANHAR UNS TROCADOS.
vixe viajou legal agora…
Até agora tentando achar o sentido desse texto… sinceramente…
Texto sem sentido. Quando vê isso foi o primeiro a chegar na avenida.
NADA HAVER!NAO ENTENDI NADA!NA VERDADE SEMPRE PROCURANDO ALGO PRA BOTAR DEFEITO!COPA VELAV2017!,MUITO BOA MESMO!
Esse Chico fala muita bobagem!
Ao contrário do pessoal. Eu entendi que o professor acha bom que o pessoal ganha com a copa vela. A crítica dele é contra o sistema geral. Parabéns a ele por torcer pelos mais pobres. Belo texto.
Francisquinho, pelo texto, apesar de “atrapalhado” percebe-se que você é defensor dos “pobrezinhos necessitados” que precisam vender, “o que contém dentro de uma caixa de isopor !!!???”. Penso eu: a Prefeitura não cadastrou as barracas para venda de produtos no local do evento !!!! qualquer pessoa pode colocar produtos, muitos deles de origem duvidosa, para vender !!!! Francisquinho te pergunto: todos os vendedores que utilizavam isopor estavam cadastrados ? Francisquinho, sem Ordem não há Progresso.
Lamentavelmente tenho que pedir desculpas aos que não entenderam a matéria, embora ache que a formatação não esteja “alta” para o povo de Paulo Afonso que sabe pensar. Sem polemizar, tenho que dizer que tenho a maior consideração pelos que promovem a Copa Vela, particularmente meu amigo e ex-aluno Janinho, como, no meu entendimento, muitos outros avanços em PA. Algum comentarista poderia mesmo ter citado a Constituição: “É dever do governante propiciar lazer para o povo”. E aí vai; injeção de recursos no meio circulante, movimentação nos pequenos negócios, sedimentação da liderança de PA na região. O menino tem razão. No primeiro dia da Copa, eu já ia saindo para a avenida ouvir o Safadão – que entrou na história com fins literários (crônica é literatura) -, mas a chuva me assustou e ouvi alguma coisa de casa, não tão longe do povão. O nó da coisa decididamente está mais acima. Se posso falar, se alguma influência posso ter, por que não em favor dos desvalidos? Sem raiva de ninguém, ciente que, está escrito, “quem toma o lado do pobre sofrerá perseguição.” Ou, como muitos, eu não poderia ficar em casa caladinho “desfrutando” do que com muito langor plantei a vida toda?
Zezinho, cadastramento de… é com você.
De Copa Vela a população ‘e PHD mas em relação a interpretação de texto estão abaixo de fraco, por isso muitos vao fazer curso superior na Bolívia, Paraguai, Argentina la nem precisa saber falar e escrever o português imaginem o espanhol.