13 de junho de 2025

Desocupação e remoção de construções ilegais geram polêmica em Paulo Afonso: “área pública de preservação ambiental”, diz Prefeitura

Por

Redação


Uma operação de desocupação em uma área de preservação ambiental realizada na manhã desta quinta-feira (22) em Paulo Afonso gerou repercussão e divergência entre moradores e a administração municipal. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram máquinas derrubando paredes de pequenas construções e móveis sendo retirados e levados para a garagem da prefeitura.

Em nota oficial, a Prefeitura de Paulo Afonso informou que a ação foi realizada em conjunto com a Polícia Militar, Embasa, Coelba e diversas secretarias municipais, incluindo Meio Ambiente, Ordem Pública, Infraestrutura, Desenvolvimento Social e Serviços Públicos. O objetivo foi desocupar e remover construções irregulares erguidas em uma área classificada como Zona de Proteção Ambiental Paisagística 3 (ZPAP 3), conforme o Plano Diretor Municipal.

Segundo a gestão, foram identificadas treze edificações em andamento em uma região de preservação, onde construções não autorizadas, desmatamentos e alterações na paisagem são expressamente proibidos pela legislação ambiental. A prefeitura afirma que, durante as fiscalizações anteriores, as construções estavam sempre desocupadas e que não foram encontradas famílias residindo nos imóveis. Apenas pedreiros estavam no local, os quais não souberam informar quem seriam os responsáveis pelas obras.

Apesar disso, moradores contestam a versão oficial. Alguns afirmam que já viviam no local e negam que todas as construções estivessem desabitadas. Eles alegam que não foram devidamente notificados.

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, segundo a nota, esteve presente para identificar possíveis casos de vulnerabilidade social, mas, de acordo com a prefeitura, não foram encontradas pessoas aptas ao atendimento assistencial.

Veja nota da Prefeitura na íntegra:

A Prefeitura Municipal de Paulo Afonso, em ação conjunta com a apoio da Polícia Militar, a Embasa, a Coelba e as Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Ordem Pública e Segurança Cidadã (SMOP), Infraestrutura (SEINFRA), Desenvolvimento Social (SEDES) e Serviços Públicos (SESP), deflagrou, nesta quinta-feira, 22 de maio, uma operação voltada à desocupação e à remoção de pequenas construções ilegais erguidas em área de preservação ambiental.

Constatou-se a ocupação irregular e construção em andamento de treze (13) pequenas edificações em área classificada como Zona de Proteção Ambiental Paisagística 3 (ZPAP 3), conforme delimitação constante do referido Plano Diretor. Ressalte-se que tais zonas constituem espaços territoriais especialmente protegidos, nos termos do art. 225 da Constituição Federal, exigindo atuação do Poder Público no sentido de garantir sua preservação e uso sustentável.

A classificação da área como ZPAP 3 impõe um regime jurídico restritivo, que veda ou limita atividades que comprometam os atributos paisagísticos e ambientais protegidos. Em especial, são proibidas construções não autorizadas, desmatamentos e quaisquer intervenções que alterem a paisagem ou afetem a biodiversidade local.

A Prefeitura, por meio dos órgãos competentes, realizou sucessivas diligências para notificar os responsáveis pelas edificações irregulares, no entanto, em todas as ocasiões, as edificações se encontravam desocupadas e em andamento, sendo localizados apenas pedreiros, os quais não souberam ou não puderam identificar os proprietários das construções.

Apesar das notificações formais dirigidas aos trabalhadores presentes no local, as obras prosseguiram de forma clandestina, caracterizando persistência na conduta ilegal e prática reiterada de infrações ambientais.

Cumpre salientar que, durante todo o período de fiscalização e levantamento técnico, nenhuma família foi identificada como residente nas construções. Não houve, portanto, qualquer caso de desalojamento ou remoção de pessoas em situação de moradia, sendo as edificações apenas estruturas inacabadas e desabitadas.

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social esteve presente no local para a realização de eventual cadastramento de famílias em situação de vulnerabilidade, não tendo sido constatada a presença de moradores ou pessoas aptas a receber atendimento social.

Por fim, a Prefeitura de Paulo Afonso reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência administrativa e a proteção do meio ambiente, pilares fundamentais de uma gestão pública responsável, comprometida com o desenvolvimento urbano ordenado e com a sustentabilidade ambiental.

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