
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a B.1.1.529 como uma “variante de preocupação” e escolheu como nome “ômicron”. Com essa classificação, a nova variante foi colocada no mesmo grupo de versões do coronavírus que já causaram impacto na progressão da pandemia: alfa, beta, gama e delta.
A omicron foi originalmente descoberta na África do Sul. Ela é considerada de preocupação pois tem 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína “spike” (a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19).
Um gráfico que tem assustado economistas e investidores ao redor do mundo foi elaborado pelo jornal inglês “Financial Times”. Ele mostra o percentual de casos da nova variante, em comparação com as variantes Delta e Beta, dias após a descoberta do primeiro caso.
Como se vê, a “curva”, como dizem os economistas, é muito mais inclinada na nova variante, em comparação com as outras duas. Para se ter uma ideia, a nova variante precisou de pouco mais de 10 dias para representar mais de 80% dos casos. A variante delta precisou de 100 dias para atingir o mesmo patamar (gráfico acima).
Segundo o economista Roberto Motta, da Genial Investimentos, “o mundo acordou com esse susto e não se sabe se as vacinas serão eficientes contra essa mutação”. Por isso, os mercados buscam ativos de proteção e fogem da bolsa.
Os principais índices da Europa tiveram fortes queda, como as bolsas da Alemanha (-4,15%) e da França (-4,75%). Setores ligados ao turismo, transportes e energia são os que mais caem.





