Cláudio Vieira em Paulo Afonso: ‘tudo vale a pena, se a alma não é pequena’

Passava pouco mais das 9 horas da manhã desta terça-feira (11),  quando José, sobrinho de Cláudio Vieira – que o acompanha – adentra o salão paroquial da Igreja de São Francisco, trazendo-o no ombro.

Estamos no encontro para formar cerca de 40 missionários que cumprirão a pré-missão 2017, da diocese de Paulo Afonso, na área rural e urbana do município – circunscritas à São Francisco.

Não dissemos palavra. Mas Cláudio quebrou o gelo.

Uma vida frágil, é verdade – mas se bem reparado qual não é? Uma vida que segundo os médicos, ‘não valia a pena amamentar’, pois não romperia o amanhecer, disseram à mãe, depois de um  parto complicado.

O menino, que morreria 24 horas depois de nascer, foi à Roma, conheceu o papa João Paulo II, se formou em ciências contábeis, viaja o Brasil com palestras motivacionais, e tem um astral difícil de explicar.

De passagem por Paulo Afonso, depois de participar de um encontro  em Recife, que reuniu cerca de 2 mil pessoas, entre elas dependentes químicos e ex-alcoólatras, Cláudio se queixou de não ter conhecido onde ‘Nazaré morreu, a lenda viva’, referindo-se à Ponte Metálica, e a cena antológica da novela Senhora do Destino.

Brincou com os jovens, desejou-lhes sorte, e disse que Paulo Afonso é maravilhosa. E que nós aqui tenhamos fé que tudo vai dar certo. E vendo-o, como podemos duvidar.

‘Tudo vale a pena, se a alma não é pequena’, Cláudio é torto, todo torto, mas a impressão é que seu coração não cabe naquele espaço, onde ficam colados seus bracinhos.

Esse relato é só para você, leitor amigo, que de repente possa estar passando um momento difícil, como todos nós atravessamos. Saiba, definitivamente: para Deus, nada, absolutamente nada é impossível.

‘Tudo vale a pena, se a alma não é pequena’, Fernando Pessoa.