
No País, 62 usinas hidrelétricas de médio e grande porte estão devendo à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) seus estudos de segurança de barragens, com todos os requisitos exigidos pela lei, previstos para os anos de 2017 e 2018. O balanço consta em dados oficiais do órgão federal. Se forem consideradas as hidrelétricas de pequeno porte, o problema se agrava: 86 unidades não entregaram a documentação exigida pela lei.
Os números mostram que os problemas de seguranças em barragens vão além dos reservatórios de rejeitos de minérios, fiscalizados pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Os acidentes nas minas de Mariana (2015) e Brumadinho (2019) deixaram mais de 300 mortos e desaparecidos, além de estrago ambiental sem precedentes.
As regras de segurança não são opcionais. Estão previstas na Lei de Segurança de Barragens, sancionada em 2010. Problemas no cumprimento dessa norma envolvem desde empresas privadas até companhias públicas, como a Companhia Hidrelétrica do São Francisco, do Grupo Eletrobrás.
Informações apontam que, desde o início de 2016, logo após a catástrofe de Mariana, a Aneel passou a enviar diversas notificações aos donos das 673 hidrelétricas do Brasil, pedindo que apresentassem os Planos de Segurança de Barragem (PSB) e os Planos de Ações de Emergência (PAE). Esses dois documentos estabelecem medidas práticas que devem ser tomadas para prevenir incidentes ou, em casos de emergência, as ações que devem ser executadas.
Os prazos de entrega desses estudos variavam de dois a quatro anos. Desse grupo, 24 hidrelétricas, que deveriam ter apresentado seus planos à agência até dezembro de 2017, não cumpriram a exigência e estão irregulares. Para outras 38 usinas, o prazo de apresentação dos documentos é até o próximo mês. Esse grupo constava na lista das unidades cujo prazo era 2018, mas a Aneel não considera o ano-calendário – por isso, o limite é até o fim de abril. Os nomes das unidades com documentação pendente não são revelados pela agência.
Multas
No caso de hidrelétricas que entregaram os planos de segurança fora do prazo, a Aneel tem recorrido a multas nos últimos anos. Essas punições têm seus valores fixados com base em um porcentual do faturamento de cada empresa.
Quatro dias após Brumadinho, a empresa Brookfield Energia Renovável, dona da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Caçador (RS), foi multada em R$ 11.284, por ter apresentado estudos com atraso de cinco meses, em maio de 2018. Depois, o recurso da companhia foi rejeitado por unanimidade e o pagamento foi feito no último dia 14.
Em nota, a Brookfield disse ter “entendimento divergente” sobre o prazo de entrega. Para a empresa, seu cronograma deveria ser dezembro de 2018, não dezembro de 2017. “A empresa recorreu administrativamente da decisão do órgão regulador, mas optou pelo pagamento da multa, uma vez esgotadas as ações na esfera administrativa. A PCH Caçador cumpre atualmente com todas as obrigações dos ditames da lei”, declarou.
CHESF AUTUADA EM R$ 780 MIL
A Chesf foi autuada em R$ 780 mil por não ter entregado, até dezembro de 2017, os planos de segurança e emergência relacionados a sete hidrelétricas da estatal, todas elas de grande porte, como o Complexo Paulo Afonso, no Rio São Francisco. Os documentos tinham uma série de pendências e só chegaram à agência em maio.
A estatal recorreu e o caso ainda precisa ser analisado pela diretoria colegiada da Aneel. “As nossas 11 grandes hidrelétricas estão todas com seus planos de emergência e de segurança de barragem em dia. Essa autuação da Aneel chegou depois de entregarmos os estudos. Entendemos que essa multa deve ser arquivada”, disse o presidente da Chesf, Fábio Lopes.
A Aneel é responsável pela fiscalização de 673 hidrelétricas no País, as quais controlam um total de 890 barragens. Do total das barragens de água fiscalizadas pela Aneel, 335 têm classificação alta de dano potencial ou risco de acidente.
86 usinas menores não apresentaram documentos
Pela lei, as 797 hidrelétricas de menor porte do País – que produzem até 5 megawatts de energia – não precisam ser outorgadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Após atualização cadastral dessas barragens, em 2018, a agência descobriu que 116 delas se enquadravam no perfil que exige planos de emergência e de prevenção. Nenhuma delas, porém, tinha esses documentos em mãos.
Em 8 de fevereiro, a Aneel constatou que só 30 empresas haviam respondido às notificações de 2018. Até hoje, 86 barragens de pequeno porte não informaram se têm ou não os planos de segurança e emergência.
A 2ª fase da fiscalização da Aneel envolve visita física às estruturas. Este ano, 39 hidrelétricas foram visitadas. O plano é chegar a 335 em dezembro. Com informações do Jornal O Estado de S.Paulo.






Tem q fiscalizar msm, e multar por qualquer coisa pq na hora q acontece qualquer merda a PODEROSA EMPRESA é a primeira a querer tirar o corpo fora. A corda só fica arrebentada do lado mais fraco. Moro em Belo Monte e aqui tmb ja circula vídeos e mais vídeos apontando falhas na barragem e todo dia é uma desculpa esfarrapada q os diretores dão. TEM Q SER FISCALIZAÇÃO PESADA E MULTA PRA TODO LADO MSM!
em 2017 a usina do capuxu foi esvaziado o lago do belveere pra reforçar a estrutura dda pa_1
asim atÈ O ANO DE 2057 a USINA PA-1 NâO CORRE NENHUM RISCO DE RACHAR,,, E PRA ISSO O RIO SAO FRANCISCO FICOU COM UMA MANCHA NOS CANIONS ENTRE ALAGOAS E SERGIPE….. PELO MENOS A CHESF PREVINE SIM ROMPIMENTO DE SUAS BARRAGENS
Trabalhei quarenta anos na CHESF sei da responsabilidade dos seus funcionários e a maioria vestem a camisa da empresa, o problema que a CHESF e outras empresas ainda estatais são fiscalizadas com mais rigor e muitas vezes multadas injustamente, na minha visão particular acredito que seja para desestabilizar a empresa perante a sociedade e financeiramente para colocar a mesma no processo de privatização, mas depois que essas empresas são privatizadas a fiscalização não se torna rigorosa vejam o exemplo do acidente de Mariana, Brumadinho e outras que tem poucas divulgação pelas mídias. A Vale destruiu o Rio Doce, o acidente de brumadinho matou centenas de pessoas e pode afetar o Rio São Francisco e o presidente da Vale firmou nas mídias que a empresa não pode ser punida porque ela é a perola do pais esporta o minério e rende milhões para o Brasil.