Por Francisco Nery Júnior
Nascido Ciepa, o Cetepi-1, Centro Territorial de Educação Profissional Itaparica, comemorou, em 17 de abril de 2024, os seus quinze anos de existência. Retrocedendo à sua fase embrionária, seriam 59 anos de trabalho árduo e dedicado de professores comprometidos com a educação dos nossos jovens e de diretores de visão e persistência dos quais ousamos destacar a professora Noêmia e a professora Vera Gouveia.
O atual diretor, Wallace Bezerra Ribeiro, continuador do trabalho inicial, articulador competente de uma instituição de ensino responsável, conciliador que visa ao resultado final do processo educativo e do aprimoramento do ensino, particularmente do ensino técnico, reuniu alunos, funcionários, professores atuais e antigos professores, dentre os quais este autor, em um encontro de júbilo e agradecimento pelos resultados alcançados.
Foi, sem exagero nem floreio, uma volta ao passado de comprometimento e um viver em um futuro que, lá atrás, estávamos certos que viria. Nada, absolutamente nada, mais seguro e provável para o desenvolvimento de uma nação que a educação. Com instituições como o Cetepi, com famílias cooptadas e engajadas no processo, com valores inegociáveis mantidos; com trabalho e estudo sério, o desenvolvimento do país acontecerá por força do trabalho dos jovens assim educados.
O ambiente do Cetepi corrobora. Acomodações modernas ajudam. Salas de aula refrigeradas e laboratórios equipados induzem ao raciocínio e à aprendizagem. O Cetepi de hoje dispõe de um refeitório, de uma quadra esportiva coberta, de um campo de futebol, de uma pista de atletismo e, pasmem os leitores, de um teatro nos moldes aceitáveis ao qual, merecidamente, foi atribuído o nome da ex-diretora Vera Lúcia Gouveia de Carvalho Costa.
Há que ser registrado que a expansão do complexo Cetepi-1 só foi possível graças a um grupo de professores que resistiram a fortes pressões, inclusive pressões internas, para que a vasta área da escola fosse cedida para projetos que, com todo o respeito, considerávamos de escopo menor. O futuro que agora temos a alegria de viver, nós o previmos anos atrás. Defendemos a nossa visão nas rádios da cidade e nesta coluna. Vencemos a luta e agora colhemos os frutos com orgulho santo desprovido de qualquer tipo de rancor. Na minha insignificância, ousei liderar essa luta. O registro fica para a posteridade.
Os lobos afugentados, a luta ganha, alguém me indagou como o deputado Luiz de Deus tinha me recomendado a resistência. Não houve, porém, nenhuma encomenda. Embora felizes com a coincidência de pensamento do doutor Luiz, saltava aos nossos olhos que o futuro do antigo Ciepa seria promissor.
E não há como resistir a uma recomendação aos jovens: persigam os seus objetivos. Resistam. Finquem os pés. O reconhecimento um dia virá. Os simplórios ficarão para trás. Aguentem o tombo – que certamente virá. E, para finalizar, sem querer semear o desânimo, manter em mente o que diz São Tiago: “Vocês farão isso e aquilo [vocês virtualmente vencerão] – com perseguição”.