Depois de gerar empregos em fevereiro, a economia brasileira voltou a demitir mais do que contratar em março. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No mês de março, as demissões superaram as contratações em 63.624 vagas.
A redução das 63.624 vagas de emprego é resultado de 1.251.332 admissões e de 1.324.956 demissões em março. No acumulado do primeiro trimestre de 2017, o país registrou o fechamento de 64.378 postos de trabalho.
No mês de fevereiro, após 22 meses de queda no número de postos de trabalho formal, o Brasil voltou a gerar emprego, com um saldo de 35.612 novos postos de trabalho com carteira assinada.
Em 2016, o país fechou 1,32 milhão de vagas formais. Apesar de o número ainda ser alto, houve uma pequena melhora em relação ao ano de 2015, quando 1,54 milhão de brasileiros perderam o emprego com carteira assinada.
Bahia perde 2.920 vagas
A Bahia perdeu 2.920 vagas formais de emprego em março deste ano, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. O número é resultado de 45.596 admissões e 48.516 desligamentos no período. Em todo o Brasil foram 63.624 postos de trabalho formal a menos em março.
Os dados mostram uma redução do saldo negativo em relação ao mesmo período do ano passado (março de 2016), quando foram eliminados 4.803 postos na Bahia e 118.776 no Brasil.
Na comparação com o mês anterior, porém, o distanciamento é grande, já que o saldo de fevereiro foi positivo em 35.612 vagas formais em todo o país.
O saldo negativo de março foi puxado pelo fechamento de 33.909 postos com carteira assinada no setor do Comércio. Em seguida, aparece Serviços com – 17.082 vagas, Construção Civil (- 9.059), Indústria da Transformação (- 3.499) e Agropecuária (-3.471).
A análise por setores mostra que apenas a Administração Pública teve saldo positivo de 4.574. No subsetor do Comércio Varejista foram eliminados 35.691 empregos com carteira assinada, enquanto o Atacadista gerou 1.782 empregos.
Fatores sazonais
De acordo com o ministério do Trabalho, tradicionalmente, os resultados de março sofrem forte influência de fatores sazonais negativos. Um exemplo, segundo o ministério, é o comércio varejista, que se apresenta negativo no mês de março, mesmo em anos de forte crescimento econômico.
Embora o saldo geral tenha sido negativo, alguns estados registraram bom desempenho na criação de empregos, como o Rio Grande do Sul (+5.236 postos), puxado pelos setores da Indústria de transformação e do comércio e Goiás (+4.304 postos), devido à expansão do setor da agropecuária.





