
Telefonema pra cá, telefonema pra lá, ida pra lá e vinda pra cá e nada de entendimento. E a conta chegando. Pontualmente a chegar. A empresa exigiu uma vistoria interna. Para a velha capital lá foi a mulher. Nada achado de irregular dentro do apartamento e de volta a mulher após doze horas dentro de um ônibus a sacolejar em pouco mais de quatrocentos quilômetros.
A vistoria foi estendida à parte exterior e foi detectado um desvio de energia no nosso medidor. Havia um cabo a mais saindo para outro medidor que, segundo o perito da hora, após ligação telefônica in loco, foi colocado por uma terceirizada. Houve consumo registrado, ainda segundo o inspetor, nos dois medidores.
Considerávamos o problema resolvido ou a resolver a critério da concessionária – que não resolveu. A via crucis recomeçou. Estamos agora no PROCOM de Paulo Afonso. Pelo que já estamos atualizados, há jurisprudência firmada: um desvio de energia do contador do usuário não lhe deve ser imputado. A concessionária tem o dever da fiscalização.
Pouco antes do PROCOM, em 25 de junho, em uma tenda em frente ao prédio da Coelba, em reforma; em uma tenda que nos remetia àqueles filmes sobre os árabes no deserto, uma surpresa desagradável: estourou, bem ao nosso lado, um bueiro de esgoto sanitário pouco após a visita de um representante do Ministério Público por demanda de uma denúncia de atendimento precário.


Nessa incerteza, nesse desgaste evitável e nesse penoso – possivelmente cruel – dano moral, demos de cara com um texto, no Google, sob o título Esse Veríssimo é genial. Vem a calhar e o leitor pode se deliciar; dar lugar ao lamento até agora inútil.
Francisco Nery Júnior
