Por Epidauro Pamplona
Advogado, militante político desde os tempos estudantis, o renomado causídico conversou com este escrevinhador, Epidauro Pamplona, e fez um relato da atual situação política, social e econômica do município e o que verificou in loco na sua peregrinação em busca do voto no campo e na cidade, (urbi et orbi).
Luiz Neto, como está o trinômio político/social/econômico em Paulo Afonso, na sua visão?
Professor, o resultado das urnas mostrou que a população, que abrange o todo de um povo, não está satisfeita com o modelo de gestão aplicada há quase trinta anos por uma clara oligarquia que se alterna no poder sem resultados plausíveis que atenuem o desemprego crescente, minimizem os males da Saúde e que não tem projetos nem ideias para o aproveitamento das águas do “Velho Chico” e dos recursos turísticos naturais e artificiais do município, e que não conseguiu, ainda, cooptar ou trazer formalmente a iniciativa privada para absorver os recursos humanos capacitados ou não para produção de emprego e renda na cidade e na área rural.
Nas caminhadas de campanha, apesar dos cuidados com a pandemia, percebi que o tecido social humano está se transformando em molambo, no comparado, haja vista a carência na saúde, onde, na área rural, uma ambulância atende quatro ou cinco povoados, além de transportar pacientes renais para diálises. Verifiquei que a fome, a pobreza e a ignorância são encontradas no centro, na periferia e no campo onde o ócio, as drogas e a prostituição estão espraiados. Constatei que as pessoas são reféns do carro-pipa morando em alguns povoados a poucos quilômetros do rio São Francisco, e várias escolas rurais, por percalços da Lei, tem salas “multiseriadas” onde professoras tentam educar, ao mesmo tempo, alunos do primeiro ao último ano do ensino fundamental. Creio que isto é uma tarefa hercúlea e impossível, uma verdadeira “torre de babel” de discentes dos nossos dias.
Como o senhor analisa a assunção do Hospital Nair Alves de Souza pela Prefeitura Municipal de Paulo Afonso?
A questão da Saúde Pública em Paulo Afonso é como se existisse uma “caixa-preta” e ninguém sabe o que acontece dentro. Por exemplo, a Prefeitura puxou para si a manutenção e funcionamento do Nair, apesar de manter o Hospital do grande BTN, imagine caro professor, que não tínhamos saúde de qualidade quando a CHESF com toda sua opulência administrava, agora a tendência é piorar porque o município não tem receita suficiente para suprir a demanda imensurável de um centro de saúde que atende há muito tempo também cidades circunvizinhas dos quatro estados fronteiriços. Aonde as pessoas da Administração Municipal da época que fizeram este acordo questionável, no mínimo, estavam com suas cabeças? A CHESF, recentemente, teve um superávit de 1,5 bilhão de reais. Não poderia arcar com 50 milhões de reais anuais para continuar mantendo o imprescindível Hospital Nair Alves de Souza?
É “cultura” brasileira ao terminar uma campanha política começar os preparativos para a próxima. Seu partido, o Solidariedade, já definiu seus candidatos para 2022?
Na verdade, ainda não sentamos para analisar esta possibilidade indeclinável. Teremos sim candidatos para a Assembleia Legislativa, Câmara dos deputados, Senado federal, e, quiçá, presidência da República. Não descartamos uma dobradinha, “prata da casa”, Mário Galinho para deputado federal e Dr. Luiz Neto, estadual, ou, “pelo andar da carruagem”, posições invertidas para as duas casas legislativas. O tempo, senhor da razão, responderá sua perspicaz e oportuna pergunta.
(Leia, por favor, na parte II, a continuação desta entrevista). Obrigado!
Difícil essas pessoas esclarecidas quererem fazer politica com um assunto que ele compreende muito bem.
Levantar esse tema é uma espécie de estelionato eleitoral, já que sabe que não é atividade da Chesf manter hospital!!
O munícipio, o Estado e a união tem verbas para a saúde, verbas essas com o mínimo garantido pela Constituição, cabendo a esses a execução e gestão das unidades de prestação de serviço de saúde. Cobre do município uma gestão eficiente do HNAS. Cobre do município que não faça do hospital um cabide de empregos, com cargos de faz de contas, que já é suficiente para termos um bom serviço de saúde.
Infelizmente amigo esclarecido,eles subestimam o nosso povo,fazem o uso domesticando muitos ,mesmo assim não acredito nas eleições em Paulo Afonso,não acredito na justiça baiana,isso porque ao longo dos anos assistimos injustiças e nada se resolve,está na história,e quem é esclarecido sabe muito bem o que estou falando ,pois anos o povo vivem em carcere privado na cidade porque convenhamos a situação de 30 anos,os quais os gestores e ex gestores do nepotismo ,foram e alguns continuam no poder do estado e do município tiveram chances ao longo dos anos de fazer do hospital nair e do município uma grande nação paulafonsina de respeito ,dinheiro nunca foi o problema,a chesf e os governos são parceiros.O grande problema é a política coronelista que perdura na cidade e região,se o povo tiverem a ciência de que o poder é do povo,isso já teria acabado e a cidade teria progresso e saúde.
A responsabilidade é do governo petista. Em 2008, administradores petistas da CHESF, já estavam falando, em entregar o HNAS, pois a CHESF, é uma empresa produtora de energia elétrica. Outra questão, é que o HNAS deveria ter sido entregue para outro órgão federal ou estadual e não, para a prefeitura. Afinal de contas, a atuação do Governo Estadual, na área da saúde, de Paulo Afonso, é insignificante. Policlínica? É mantida por um consórcio de prefeituras. HMPA? É municipal. HNAS? Era federal e passou para esfera municipal. Também, não construíram a UTI. Em 2008, no Lindinalva Cabral, Wagner prometeu. Em um vídeo de 2018, Rui prometeu. Em 2020, em plena pandemia, Rui prometeu 30 UTI’s. Acorda, Paulo Afonso. A cidade corre o risco de cair no abismo do comunismo. Vamos relembrar a desastrosa gestão comunista, da década de 1980. Simplesmente, a pior gestão da história, do nosso município.
O secretário de saúde falou algumas coisas importantes em entrevistas no caso do cuidado social ,distanciamento etc.Mais outras coisas senhor secretário é o caos,por isso o luizinho genro foi pra fora da cidade,outros secretários também,gente sem condições só Deus .A cidade é quente ,se fosse fria ,o povo iriam ver a situação novamente.Quanto aos profissionais de linha de frente no combate ,digo todos estão de parabéns.O que eu quero dizer senhor secretário é que não adianta reuniões para discutir o obvio , mais recursos para dá aos profissionais e o povo condições de poder salvar as pessoas .Deem condições pra isso ,aí sim! as discussões seriam tanto perda de tempo,porque dinheiro tem de rodo.
Quero acreditar com todas as forças da minha mente, que Paulo Afonso haverá de um dia ter um governo a altura de seu povo…
Acredito muito na força da mulher como política…
Elas não são tão afoitas quanto os homens,
Pensam e decidem suas tarefas com mais cautela..
Já vejo um luz brilhar um pouco mais adiante…
Posso até confirmar…
Paulo Afonso vai melhorar!!!
Tenho grandes esperanças no futuro político da nossa cidade.
primeiro não acredito na força de uma só mulher ,mais acredito na força do povo de Paulo Afonso,se unificarem em um só ideal ,aí a coisa anda. Só lembrando que oposição não vai existir, daqui a pouco vão se dobrar ao gestor ,aí a saf …vai continuar, porque 9 votos do governo contra 4 ,onde que terão força.só vai ser aprovado o que o gestor quiser. Só haverá resultado,quando homens e mulheres paulafonsinos que perderam seus ente queridos por irresponsabilidades desses governantes de Paulo Afonso vierem a baixo pela ação do povo que luta por melhores dias.