
Fostes figura importante na história pauloafonsina, imponente, hoje está silencioso. Ah, Gigante, deve ser triste o desprezo. Eu entendo essa aparência, você parece estar virado para os cânions, conversando com o passado, dando as costas à modernidade. Talvez tenha algum rancor, não sei. Acho que seja coisa da idade mesmo. O Diógenes Rebouças, seu projetista, caprichou na sua feitura. Ainda hoje você é parte da arquitetura moderna da Bahia. Inclusive alguns dos mais antigos moradores do município sequer sabem que você tem o formato do famoso avião 14-Bis. Quantas histórias em teu saguão, quantas famílias, romances, casais no mel, enluarados, quantos segredos ecoam em seu ventre.
O tempo é bom e cruel, Gigante. Infalível. Hoje tua imponência é inaudível. Quantos ares passam silenciosos pelo seu pé direito, alto, ainda hoje moderno. – Olha lá o “Grande Hotel”, falam as pessoas de longe, e logo se distraem. Hoje você apenas resiste, como resistiu Abel, como ainda resistem vestígios do ‘muro da vergonha, do “Cine Coliseu”, dos “Supermercados Pesqueira”, do “Armazém Sertânia”, este último tendo como proprietário o saudoso Otaviano. Estão todos escondidos atrás de coloridas fachadas. A modernidade é borracha disfarçada de tinta. Ela traiu Abel, Gigante. Ele deu sua última volta em um carro do Corpo de bombeiros, discreto, e alguns sequer sabiam quem estava ali, imagina!? Uma voltinha somente, por remorso da nossa geração, nada mais. Que dirá você?, calado, quieto, que fica só a observar o correr das águas… Eles esquecem, Gigante.
Poucos lugares no mundo têm tantas histórias como nossa Paulo Afonso. São tantas histórias que, ironicamente, parece que o destino fez você, um Hotel, parar no tempo e dar repouso a algumas das incríveis e importantes histórias dos homens que aqui passaram. Olha que engraçado: ninguém melhor do que você para hospedar esses momentos. É como se o Engenheiro Alves de Souza viesse sentir seu coração e se hospedasse em um de seus quartos. Talvez Castro Alves, com toda a sua boemia, sentasse em sua varanda e ainda escrevesse suas melancolias. E Delmiro Gouveia atravessasse, lá de Angiquinho, porque somente dali ele enxergava, com os olhos marejando, o que a sua astúcia foi capaz de fazer.
Resista, Gigante! Resista! A borracha da modernidade não conseguirá apagar seus fortes sinais. Você é parte da história e muitas histórias partiram de você. Você é grande. Resista.







Esse é o exemplo dos descaso da falta de visão dos empresários local………que so querem mamar na CHESF.F
iSSO SIM QUE CHAMAMOS UMA OBRA CIVIL E ARQUITETONICA BEM FEITA E SEGURA, SE TIVER ALGUMA INFILTACAO FOI DEVIDO AO DESPRESO DE ALGUNS ANOS, ACREDITO QUE A ULTIMA CHUVA QUE CAIU EM NOSSA CIDADE NAO ABALOU ESSE IMOVEL, DIGO ISSO PORQUE TEM PREDIO PUBLICO EM NOSSA CIDADE QUE FOI CONSTRUIDO HA UNS CINCO ANOS E O MEESMO NAO SUPORTOU A ULTIMA CHUVARADA QUE CAIU EM PAULO AFONSO ( NAO ADIANTA FAAR QUAL REPARTICAO PUBLICA PORQUE O SITE VAI CORTAR ) O MESMO ESTA FECHADO AO PUBLICO HA MAIS DE UMA SEMANA PARA REFORMA.
Ainda tive o privilegio de ir nesse hotel levar familiares para se hospedarem, circular pelas dependências e contemplar essa beleza e sentir como as pessoas que estavam hospedadas se encantavam com a paisagem sem acreditar que isso existia em pleno sertão da Bahia.
Excelente reflexão, parabéns Gabriel.
por que não fazer um hotel escola aproveitar essa instrutura para univasf para faculdade de medicina. para que não haja exploração de alugueis
Belo texto amigo Gabriel Calado.
Também sou admirador dessa obra, não só pelo que representa ao patrimônio em nosso município, mas também pela importância que tem para a arquitetura grandiosa do Diógenes Rebouças.
É triste ver uma edificação desse porte sem uso há tantos anos.
O que ainda nos deixa esperançoso de que o edifício vai resistir ao tempo é o fato de ter sido muito bem construído.
Ainda torço para ver o hotel sendo hotel.
Um grande sonho projetar uma requalificação desse edifício!!!
Que linda homenagem! eu acho um descaso o que fazem com esse hotel.
Olá, que lindo texto. Este é um prédio histórico não só para Paulo Afonso mas para a Bahia como um todo, pois trata-se de uma arquitetura moderna elaborada pelas mãos de um grande arquiteto baiano. Ao ler me veio a necessidade de compartilhar com vocês a informação que dentre tantas coisas e pensamentos sobre o que deveria ser ou se tornar este majestoso “elefante branco”. Quero de antemão dizer que todas são ótimas ideias. E só para acrescentar ao debate informo a todos e todas que um grupo cultural da cidade também pensou em algo para compor o cenário imponente dessa construção. A proposta é transformá-lo em um centro cultural e turístico, para receber os artistas da cidade e região e os turistas que preferem ir para outras cidades no nosso entorno do que ficar em Paulo Afonso, uma vez que a noite pauloafonsina só oferece bares com petiscos, lanches e hambúrgueres. Essa ideia já está elaborada a algum tempo, porém no atual cenário brasileiro é importante aguardar para ver por onde podem acontecer os investimentos, principalmente em cultura, algo que para nós é de suma importância, pois uma população sem cultura está fadada a ignorância. Quem quiser saber mais informações procurem a Cia Roda da Baraúna (APDT). Vocês irão se surpreender com a nossa proposta.
Lembro-me da infância. Àquela época, íamos em família passar um ou outro domingo por lá. Banho de piscina, o sanduíche misto, o guaraná brahma, enquanto os adultos se divertiam na mesa de sinuca, tomando cerveja, petiscando alguma outra delícia de lá. As carpas do lago eram uma diversão à parte.
Pra mim, a diversão principal era atravessar o “tunel” que ligava a piscina infantil à piscina dos adultos. Eu sempre achava que alguma coisa ia me segurar lá dentro (rsrsrsrs) e saía eufórico do outro lado.
Dalí pro ping pong, pro almoço, pra piscina de novo… era um dia maravilhoso.
Sr. Roberto, o gerente, sempre com muita educação, cordialidade e carinho, completava o cenário.
Tempos inesquecíveis!
O turismo em Paulo Afonso está estagnado, devido às limitações e descaso da CHESF, pois a empresa hoje, está mais preocupada em proibir e se livrar dos compromissos, ao invés de ajudar a desenvolver a cidade. Temos o mesmo potencial ambiental e turístico de Piranhas, que é um belo exemplo de desenvolvimento na área de turismo, mas nós continuamos a mercê das proibições e limitações da CHESF e da falta de visão dos nossos políticos.
O problema que somos dependente da CHESF, nunca aprendemos a caminhar com as próprias pernas, Canindé de São Francisco, Piranhas, Delmiro fazem turismos independente da CHESF, todos com sua dificuldades e limitações mas fazem tudo com as próprias criatividades procurando recursos, mas aqui em Paulo Afonso onde temos um prefeito e um vice que ganham o maior salario da Bahia, há mais de vinte anos a população clama por uma UTI, a mais de quarenta anos se fala que Paulo Afonso tem potencial turístico, a mais de quarenta anos escuto que Paulo Afonso cidade do futuro, que futuro esse que nunca chega, onde esta o potencial turístico que não aparece, aqui tem as Usinas I, II e III que faz tempo que não gera nada porque não tem agua temos uma cachoeira que secou há muito tempo e que só por milagre as aguas voltarão a essa cachoeira quem viu a cachoeira com agua viu quem não viu jamais verá. Temos que ser inteligentes e procurarmos alternativas de turismo sem depender da CHESF , estamos tao dependente da estatal que nem tenho ideia como seria essa alternativa.
fiquei curioso e quero visitar esse local
Obra bem feita.. também gosto de coisas antigas… mas como o cantor LULU SANTOS compôs em uma de suas músicas é verdade mesmo. NADA DO QUE FOI SERÁ DENOVO DO JEITO QUE JA FOI UM DIA. Infelizmente e lamentável o abandono que a CHESF tem com seus imóveis. Não adianta falar em venda, pois está avaliado em milhões de reais!
Aprendi a nada na piscina do grande hotel, minha irmã trabalhou lá, desde 1979 quando ainda era tropical hotel formato esse que deu origem ao nome pois sua arquitetura tem o formato de um T, após uns anos foi arrendado para a empresa LAZAR, minha irmã trabalhou até o último dia de funcionamento,
Sr Roberto
Sr Alberto em memória foram alguns gerentes que passaram por lá,
Só ficaram lembranças boas desse hotel maravilhoso