17 de janeiro de 2025

Ex-ministro não “engoliu” perder a vaga para Mário Negromonte

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BRASÍLIA – Em um discurso curto e direto, feito de improviso, o ex-ministro das Cidades Márcio Fortes não conseguiu disfarçar seu incômodo durante a cerimônia de transmissão do cargo ao sucessor Mário Negromonte, deputado baiano do PP eleito pelo quinto mandato.


Para justificar as breves palavras, cerca de um minuto, disse que o importante é quem entra e não quem sai, sem esconder o ressentimento. Fortes dispensou balanços da sua gestão, lembrando que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) teve um relatório divulgado recentemente.


– Já se sabe tudo o que foi feito. Talvez, por isso, este tenha sido o ministério mais cobiçado nessa mudança de governo.


Na fila de cumprimentos, pouco mais tarde, Fortes, que não teve o apoio do seu partido, o PP, para ser reconduzido ao cargo, como queria a presidente Dilma Rousseff, afirmou que o Ministério das Cidades despertou o interesse de todos porque tem dinheiro e é o que mais tem contato com a população.


O novo ministro fez um discurso emocionado, com elogios ao trabalho de seu antecessor. Mais tarde, perguntado sobre o clima de tensão, disse não ter notado constrangimento:


– Aplaudi, fiquei de pé. Houve preferência política pelo meu nome. Não teve constrangimento da minha parte. Não houve veto a ninguém.


Negromonte afirmou que já avisou à presidenta que pretende dar uma volta pelo Brasil para verificar as obras do PAC e fazer um diagnóstico de eventuais problemas para “colocar gasolina azul e tocar essas obras”. Ele disse que o saneamento terá prioridade, assim como as obras do PAC e da Copa do Mundo.


Perguntado se teria uma relação mais próxima do que o antecessor com o Congresso, Negromonte não hesitou:


– Não é só obra. É gesto, carinho, atenção. O Congresso e o partido vão ter atenção especial. Mas, antes de tudo, serei um fiel escudeiro deste governo – ressaltou.


A bancada do PP no Congresso – que vetou a permanência de Márcio Fortes no posto – compareceu em peso à posse de Negromonte, assim como políticos da Bahia. Fortes admitiu ter três convites da iniciativa privada e um do governo, mas não entrou em detalhes.

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