por Francisco Nery
De Salvador para Paulo Afonso dá para vir de um fôlego só. Dá para encher o tanque do carro popular com álcool e chegar sem reabastecimento. O milagre é que não existem quebra-molas na estrada. Existem sim uns poucos nos limites das cidades para matar a saudade.
Vocês já pararam para contabilizar as passagens de marcha nos percursos da nossa cidade? As marchas de força são as que mandam. Quinta marcha, nem pensar! Onde é possível colocar uma quinta marcha em Paulo Afonso? Na cultura dos quebra-molas, o reinado é das pequenas marchas; marchas de força. Será que tem algo a ver com Lampião ou com Maria Bonita? Revolta e necessidade de fincar o pé e marcar terreno? Ensimesmice ou inhaca?
A gente fica satisfeito com o carrinho comprado na concessionária. O bichinho corre. Come estrada e vence chão. Desliza e deixa poeira para trás. Nos traz sãos e salvos para a terrinha de cheiro de caatinga. É verdade. O cheiro da caa dos antigos donos do Brasil nos une a todos que aqui somos forasteiros. (Dessa turma estão fora os que aqui nasceram – os nossos filhos.) Com um tanque de álcool tirado dos nossos canaviais, saímos de Salvador e chegamos em Paulo Afonso…
Leia mais na seção colunas e blogs